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Rodrigo Janot vê 'eficiênciaação'da JBS

2017-07-14 01:30:00

No mesmo documento em que apresentou esclarecimentos a pedido do Psol sobre a denúncia por corrupção passiva contra o presidente Michel Temer, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, defendeu a imunidade penal concedida em acordo de delação a Joesley e Wesley Batista, do Grupo J&F - controlador da JBS.


Ele também alegou "alto grau de eficiência da colaboração" dos irmãos para justificar o não oferecimento de denúncia contra os empresários.


"Trata-se de um caso típico no qual a premiação legal conferida aos colaboradores deve ser graduada em grau máximo, no que se refere à pena corporal, razão pela qual foi oferecida aos colaboradores o não oferecimento da denúncia", afirmou Janot.


Segundo o procurador-geral, as informações entregues pelos delatores, aliadas a elementos obtidos durante as apurações, "deixam claro que Joesley e Wesley não são os líderes da organização criminosa sob investigação". O documento foi apresentado pela bancada do Psol na Câmara ontem em meio à análise da denúncia contra Temer e o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures
(PMDB-PR).


Janot ressaltou que os delatores apontaram pagamento de vantagens indevidas para 1.893 políticos no Brasil. Além disso, eles tornaram possível, segundo o procurador-geral, a abertura de novas frentes investigativas, como o uso de mais de cem escritórios de advocacia como instrumentos de lavagem de dinheiro, envolvimento de um presidente da República e dois ex-presidentes, cinco ministros de Estado, seis senadores, 15 deputados federais, quatro
governadores e um prefeito. (Agência Estado)

Adriano Nogueira

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