Adiado em Fortaleza, atos em apoio a Lula e pelo “Fora, Temer”, “Diretas Já” e contra as reformas trabalhista e da Previdência ocorreram em outras capitais. Em São Paulo, na Avenida Paulista, o ex-presidente esteve presente e discursou. No local, foi exposta também uma enorme faixa com a inscrição: “Eleição sem Lula é fraude”.

O ex-presidente saiu em defesa de eleições diretas: “Esse é o primeiro ato, eles sabem que nós vamos conquistar eleições diretas para o povo brasileiro”. Lula e o PT já lançaram o ex-presidente como candidato em 2018, apesar de o juiz federal Sergio Moro ter determinado a inelegibilidade de Lula — decisão só pode ser cumprida após condenação em segunda instância.

Lula também disse que, se Temer “tivesse o mínimo de compromisso com o povo brasileiro”, mandaria para o Congresso Nacional uma emenda constitucional para as eleições diretas. “Como não conseguem me derrotar na política, querem me derrotar com processos e inquéritos”, disse, fazendo referência à sua condenação de 9 anos e meio, por Moro. “Se a PF, o Ministério Público e o juiz Sergio Moro tiverem uma prova que eu recebi 5 centavos, por favor, me desmoralizem, me prendam”, desafiou o ex-presidente.

A presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PT-RS) entoou discurso também em defesa da candidatura de Lula::”Se querem ganhar do Lula, ganhem nas urnas, ganhem nos votos”. O senador Lindbergh Farias (PT-RJ) também defendeu que se as elites quiserem ter estabilidade no País, terão que disputar nas urnas. “Eles não estão nem aí se o Brasil está voltando
para o mapa da fome”, prosseguiu o senador, que chamou Moro de “covarde”.

Manifestações também ocorreram em Brasília, na Praça dos Três Poderes, em frente ao Palácio do Planalto. No Rio de Janeiro, centenas de manifestantes ocuparam a região da Cinelândia, próximo do Teatro Municipal. Outras cidades como Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife e Salvador também registraram protestos.