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Danilo Forte defende reformas e critica cúpula nacional do PSB

2017-07-04 01:30:00
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O deputado federal Danilo Forte (PSB) critica duramente o que considera “mudança repentina de comportamento” da direção nacional do partido em relação às reformas que tramitam no Congresso, especialmente a trabalhista e a previdenciária. “O presidente Carlos Siqueira, inclusive, esteve pelo menos duas vezes coim o Michel Temer e saiu se vangloriando de mudanças no texto feitas por recomendação do PSB, por exemplo, na manutenção da aposentadoria rural, na questão do benefício continuado e na diferenciação da idade de aposentadoria entre homens e mulheres”, diz o parlamentar cearense, que está em litígio com a direção partidária por sua postura pró-reforma na Câmara.


“Não poderíamos querer substituir a Dilma por simples substituição”, alega, avaliando que o Brasil conseguiu avançar durante a gestão Temer, apesar da instabilidade política. Segundo destaca o parlamentar, “os sintomas positivos começaram a aparecer. Tivemos o PIB do primeiro trimestre positivo, depois de dois anos, a retomada de geração de emprego, uma estabilidade da moeda, do câmbio, uma retração do juros e da inflação, e tudo isso criando um ambiente econômico mais favorável”.


Danilo Forte questiona, diante do contexto, o fechamento de questão pela cúpula do PSB contra as reformas. Afastado da presidência da Comissão Provisória no Ceará, devido à discordância, o parlamentar recorreu à justiça para reverter a medida e admite que o quadro interno é dos mais difíceis. “São duas posturas dentro de um mesmo partido. Uma quer avançar nas reformas e outra sem propor nada, amparando-se apenas no discurso demagógico das diretas já, ignorando a própria Constituição Federal”, queixa-se.


Futuro e Temer

Nas contas do deputado, que diz ter convites de outros partidos mas que, no momento, permanece brigando na justiça pela retomada do controle local do PSB, há uma convicção clara no Congresso de que o Brasil está precisando das reformas. “Ninguém tira o país da dificuldade econômica que há hoje sem mudar o modelo”, diz ele, defendendo que se separe a crise política, que tem que ser resolvida na justiça, das reformas na economia. “O PT mesmo as defendia quando era governo”, alega, “e, agora, fica com demagogia na oposição. Não vai ser uma carinha de condão que vai resolver o problema”.

 

Quanto à situação delicada do presidente Temer, Danilo destava que o conhece há 30 anos e que se trata de uma pessoa “muito resiliente em suas convicções”. No entanto, o parlamentar admite que o avanço das investigações, se comprovadas as denúncias, é possível que uma mudança seja necessária. Para ele, o importante é que o Brasil “esteja acima das pessoas”.

 

Adriano Nogueira

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