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Senadores divergem sobre legitimidade de Temer para aprovar reformas

2017-06-27 01:30:00

Diante das denúncias por corrupção apresentadas contra o presidente Michel Temer (PMDB), o senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou que o governo não tem legitimidade para bancar a aprovação de reformas estruturais como a trabalhista e da Previdência. “Eu acho que (as denúncias) tiram a legitimidade do prosseguimento disso tudo. Acho que devíamos parar isso tudo, ter um projeto de recuperação da economia e discutir com cuidado essas reformas, que, se aprovadas desta forma, vão levar a uma convulsão social”, afirmou o parlamentar.


Na frente aliada, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) rebate a argumentação, sustentando que as reformas já não são uma pauta do governo, mas de todo o Congresso. A suspeição hoje é contra o Temer, não é do Congresso. E nós já pegamos a reforma, debatemos uma, duas, três vezes, foram mais de 10 audiências. Esses debates é que dão legitimidade. Além disso, legalidade Temer tem. Enquanto a denúncia de Rodrigo Janot não conseguir os votos para afastar Temer, ele é o presidente”, afirmou Buarque.


O senador também negou que a denúncia respingará na votação da reforma trabalhista na CCJ da Casa, marcada para amanhã. Questionado se a base aliada teme “surpresas” na votação, Buarque disse que tudo é possível. “Eu acho que não vai ter, mas acho que é possível, sim. Já não seria surpresa.
O momento é muito instável”, avaliou.


O líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, disse que o momento é “gravíssimo” e que não há clima para tramitação das reformas, o que pode ser um prenúncio do “barulho” que a oposição prepara para dificultar a passagem das reformas.

Adriano Nogueira

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