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Operação da PF mira ganhos da JBS após delação premiada

2017-06-10 01:30:00

A Polícia Federal informou ontem que apreendeu documentos, mídias, telefones celulares e informações de HDs nos dois endereços da JBS que foram alvo da Operação Tendão de Aquiles ontem, no Rio.


Dos quatro mandados de condução apenas um não foi cumprido porque o alvo “não foi localizado”. Os outros três foram levados à Superintendência Regional da PF na Lapa e já foram liberados. A nova ofensiva da PF, acompanhada da Comissão de Valores Mobiliário, mira ganhos excepcionais supostamente auferidos pelos irmãos Joesley e Wesley Batista, acionistas da JBS, a partir do uso indevido de informações privilegiadas de suas delações no âmbito da Operação Patmos, que mira o presidente Michel Temer.


O inquérito da PF foi aberto no dia 19 de maio, apenas um dia depois que estourou a Operação Patmos, que mira o presidente Michel Temer. Naquele dia, a CVM publicou o Comunicado ao Mercado 2/2017 que tornou pública a abertura de cinco processos administrativos para apuração de transações que teriam assegurado ao grupo JBS ganhos milionários da noite para o dia no mercado financeiro.


Os irmãos Joesley e Wesley Batista teriam multiplicado seus ativos com as operações sob suspeita. Eles estão morando com suas famílias em Nova York após fecharem acordo de delação premiada com a PGR.


Em nota a JBS afirmou: “Em relação à operação realizada na sede da J&F e da JBS ontem (9/6), as empresas informam que foram entregues os materiais e documentos solicitados. A Companhia segue colaborando e está à disposição das autoridades para quaisquer esclarecimentos necessários”. (AE)

 

Adriano Nogueira

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