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'O valor jurídico do relatório da PF é nenhum', diz defesa de Temer

2017-06-27 01:30:00

O criminalista Antônio Cláudio Mariz de Oliveira reagiu ontem às conclusões da Polícia Federal que, em relatório ao Supremo Tribunal Federal (STF), atribui ao presidente Michel Temer crime de obstrução de investigações sobre organização criminosa.


“O valor jurídico do relatório é nenhum”, declarou Mariz. “Como eu tenho reiterado, o relatório policial não é peça acusatória. O dever do delegado de Polícia é investigar e não acusar”, afirma o advogado.


Mariz desafia a PF e busca enfraquecer os resultados da Operação Patmos - investigação realizada com base na delação de executivos da JBS.


A PF concluiu que Temer cometeu o crime de obstrução à investigação de organização criminosa. O crime está previsto na Lei das Organizações Criminosas, de 2013, e a pena é reclusão, de 3 a 8 anos e multa.


“Acusa-se com base em uma coleta de provas unilateral e parcial, que visa sempre corroborar uma suspeita da própria autoridade policial”, diz o advogado do presidente. “Então, o seu valor jurídico é nenhum”, reagiu. (AE)

Adriano Nogueira

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