O deputado federal Rocha Loures (PMDB-PR) entregou à Polícia Federal, em São Paulo, a mala dos R$ 500 mil da JBS. Entretanto, faltavam R$ 35 mil do total. O parlamentar, aliado do presidente Michel Temer (PMDB), foi flagrado na noite de 24 de abril, em São Paulo, saindo apressado do estacionamento de uma pizzaria nos Jardins, na zona sul da capital, carregando uma mala preta com R$ 500 mil em dinheiro vivo. Agentes da Polícia Federal o seguiam e o filmaram. Rocha Loures teve a prisão pedida pela PGR. O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, negou a prisão do aliado de Temer, mas decretou seu afastamento do mandato.

De acordo com a investigação, os R$ 500 mil seriam referentes a uma propina da JBS em troca do empenho do parlamentar em um projeto de interesse do grupo na Câmara dos Deputados.

Ibradd quer cancelamento

O Instituto Brasileiro do Direito de Defesa (Ibradd) protocolou na segunda, 22, no STF, mandado de segurança com pedido de liminar contra a decisão do ministro Edson Fachin de homologar o acordo de delação premiada do grupo J&F. Segundo o presidente do instituto e um dos advogados que assina a petição, Roberto Parentoni, uma das justificativas é que acordo é “imoral” e “destoa totalmente de outras delações da Lava Jato”.

 

“Por que um (delator) consegue x (benefícios) e o outro consegue y?”, disse o advogado. “Daqui a pouco, o que vamos falar para os nossos filhos? Que o crime compensa?”. (AE)