Oposição critica criação de novo conselho municipal
O projeto do Conselho Municipal de Proteção Urbana (CPMFor), que passa a tramitar na Câmara dos Vereadores de Fortaleza, estabelece que o novo órgão será vinculado ao gabinete do vice-prefeito Moroni Torgan (DEM).
A medida, caso aprovada pela Casa, criará cargos que demandam aproximadamente R$ 70 mil mensais para funcionamento.
A oposição critica a medida e diz que ela atende a uma “acomodação política” para Moroni. Segundo esses vereadores, já existe conselho na Prefeitura de Fortaleza para atender a demanda.
De acordo com o projeto, o grupo a ser presidido por Moroni tem como função “propor, monitorar e avaliar a implementação de ações, programas e projetos de segurança e proteção urbana” em Fortaleza.
Apesar da criação de cargos para a manutenção das atividades do grupo, os conselheiros do CMPFor não receberão salário.
Líder do governo na Câmara, Ésio Feitosa (PPL) afirma que a criação do conselho na verdade trará economia para os cofres municipais. Isso porque outras mensagens do prefeito extinguirão cargos em valor superior a R$ 300 mil e, portanto, não haverá “nenhum custo a mais para a população de Fortaleza”.
Oposicionista, Soldado Noélio (PR) rebate ao notar que, apesar de “promessa” de cortes, o que chegou na Câmara foi apenas a criação de novos cargos”. O vereador afirma que o CMPFor tem as mesmas funções do Conselho de Segurança Cidadã. “O que nos parece é que está sendo criado para acomodação política de cargos.”
Feitosa, por outro lado, informa que, além da função consultiva, o novo conselho também terá função executiva, em parceria com Estado e União.
“Esses cargos que estão sendo criados serão ocupados por técnicos da área de segurança pública que vão dar suporte operacional às decisões do conselho”, diz. (Daniel Duarte e Carlos Mazza)
Adriano Nogueira