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O discurso de Jair Bolsonaro, o pré-candidato

2017-05-08 01:30:00
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Deputado federal há seis legislaturas, eleito pelo Rio de Janeiro, o militar reformado Jair Bolsonaro é uma das novidades do debate sobre a sucessão presidencial de 2018. Seu nome aparece com algo entre 14% e 15% das intenções de voto na última pesquisa do Instituto Datafolha, divulgada em 30 de abril último, posicionando-o de maneira destacada para uma disputa que ele se diz disposto a encarar. Seria uma chance para submeter ao teste das urnas numa eleição majoritária seu cardápio de pautas controversas, reafirmada na conversa com O POVO, semana passada, durante encontro na Câmara dos Deputados.

[SAIBAMAIS]

Lançando mão de frases polêmicas - que passam longe de pautas progressistas, como a luta feminista, LGBT, dentre outras – o parlamentar que tem como base de suas atividades legislativas discursos de anticorrupção participou de evento realizado na Câmara dos Deputados, em Brasília. Foi no Plenário 3 da Casa que Bolsonaro falou para um total de quase 70 alunos graduandos e pós-graduandos. Durante as rodadas de perguntas e respostas em que estiveram parlamentares do Ceará, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Rio Grande do Sul e de outros estados, clima tenso e bate-bocas acirrados envolvendo-o, a exemplo do que ele e Glauber Braga (Psol/RJ) protagonizaram.


Ataque e defesa

“Decisão política do STF, tá ok? Primeiro, que tem imunidade aqui dentro. Ela (Maria do Rosário) estava defendendo um estuprador, o Champinha, menor de idade. Perdeu os argumentos comigo e me chamou de estuprador. Daí, eu dei um troco nela. ‘Ah. Foi excesso’. Que se exploda, poxa. Eu não quero ir para casa, não vou para casa visitar minha esposa, minha filha, criança, com peste de estuprador”, falou acerca de sua permanência como réu no Supremo Tribunal em processo judicial que ele responde por incitação ao estupro e injúria contra a deputada Maria do Rosário (PT/RS).

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Bolsonaro admite ter dúvidas quanto à possibilidade de sair vitorioso no Supremo, já que o caso ainda será apreciado em plenário. “Não sei. Aí é uma questão política dentro do Supremo. É uma decisão política. Você sabe como são indicados os ministros do Supremo”, finalizou.


Quanto à sua relação enquanto político com a defesa das minorias, afirmou “Que minoria? Aponte qual minoria. Por que que minoria tem que ter privilégio? Somos todos iguais. Eu já disse para um grupo de homossexuais que vota em mim que você nunca vai urrar de felicidade com a barriga vazia e a economia como está. Minha briga na causa LGBT é com o material escolar. Eu te mostro filme de menina se beijando para mostrar para criança de seis anos de idade. Eu não quero isso para os meus netos”, defendeu.

Kelly Hekally

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