O Ministério Público federal fixou em R$ 10,9 bilhões o pagamento que deve ser feito pela holding J&F, que detém o grupo JBS, para fechar um acordo de leniência. Uma contra-proposta de R$ 8 bilhões já teria sido recusada pelos investigadores, que consideram graves impostas aos cofres públicos pelas ações irregulares do grupo, cujos principais controladores, os irmãos Joesley e Wesley Batista, encontram-se no centro da grande crise política do momento a partir de um acordo de delação premiada que envolve, até, o presidente da República, Michel Temer.

 

O pedido inicial do MPF era de R$ 11,1 bilhões. O grupo J&F já apresentou cinco propostas, no total, sendo a primeira de R$ 700 milhões, sem que os procuradores demonstrem intenção de rever novamente os valores. O faturamento das empresas em 2016, que chegou à cifra expressiva de R$ 1183,2 bilhões, está servindo de base para o cálculo das autoridades.

O dinheiro deverá ser destinado a entidades públicas e fundos de pensão que, de acordo com os investigadores do Ministério Público, foram atingidos pelas ações das empresas que são controladas pela holding. Novas reuniões acontecem nos próximos dias para tentar um acordo final.