O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, o general Sérgio Etchegoyen, não escondeu o mal estar entre o Planalto e o governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg (PSB), após a manifestação desta quarta-feira, 24, na Esplanada dos Ministérios, contra as reformas e o presidente Michel Temer (PMDB).

Em entrevista na manhã desta quinta-feira, Etchegoyen evitou polemizar, mas reconheceu que o uso do Exército na proteção dos prédios públicos ocorreu diante da avaliação de que o efetivo da Polícia Militar era insuficiente.

Ele disse que o “gatilho disparador” da decisão de Temer de empregar o Exército no local do protesto foi a notícia de incêndio do prédio do Ministério da Agricultura. Na noite de quarta, ministros e assessores do Planalto demonstravam irritação com o governador de Brasília. Rodrigo Rollemberg (PSB) menosprezou, segundo eles, avaliações do governo federal de que o protesto poderia ser violento.

 

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O governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), afirmou ainda na noite de quarta-feira que foi surpreendido com medida de Temer, que teria sido “extrema” e “adotada sem conhecimento prévio e nem anuência do Governo de Brasília e sem respeitar os requisitos da Lei Complementar nº 97/99”.

A GLO já foi usada em outros momentos no País, como na Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável do Rio de Janeiro (Rio %2b 20), em 2012, e na visita do papa Francisco durante a Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Também foi usada nos estados do Rio Grande Norte e do Espírito Santo, devido ao esgotamento dos meios de segurança pública .

Em coletiva de imprensa anunciado o recuo, Jungmann negou que medida é inconstitucional e disse que “de 2010 a 2017 foram realizadas 29 ações de garantia da lei e da ordem”. Segundo ele, a orientação dada foi para atuação defensiva e não houve registro de conflito com os manifestantes.