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Líderes políticos envolvidos com acusações se defendem

2017-05-20 01:30:00

O ex-governador Cid Gomes, por meio de nota, negou as acusações que envolvem o seu nome na delação de um dos donos da JBS, o empresário Wesley Batista. No relato à Procuradoria-Geral da República (PGR), o pedetista teria sido beneficiado com R$ 4,5 milhões em 2010 e solicitado R$ 20 milhões na campanha de 2014.


“Repudio referências em delação que atribuem a mim o recebimento de dinheiro. Nunca recebi um centavo da JBS. Todo o meu patrimônio, depois de 34 anos trabalhando, é de 782 mil reais (IRPF2016)”, escreveu.


Já o governador Camilo Santana (PT), para cuja campanha em 2014 teria sido destinado o dinheiro solicitado por Cid, saiu em defesa do aliado político e afirmou que as doações não foram formalizadas por meio da ilegalidade.


“O que posso afirmar de forma categórica é que o ex-governador Cid trata-se de um homem sério, honrado e que não compactua com coisas erradas. Sobre as doações realizadas na campanha eleitoral, as informações que tenho são de que foram feitas de forma absolutamente correta e dentro da lei”, ressaltou.


Acusado de receber propina para mudar o texto de uma Medida Provisória, o senador Eunício Oliveira (PMDB), também por meio de nota, negou as acusações do delator.


“Os diálogos relatados pelo delator são imaginários, nunca aconteceram, são mentirosos, como é possível constatar na prestação de contas do diretório nacional de PMDB ao TSE”, disse à imprensa.


O presidente do Senado afirmou ainda que no ano de 2013 “não há doações ao partido conforme diz o delator, como é possível constatar nas prestações de contas do diretório nacional, que são públicas e podem ser verificadas nas declarações ao TSE”.


Por fim, o peemedebista admite que recebeu doações de campanha da empresa, mas ressalta que foi legal. “(Estão) declaradas à justiça eleitoral”. O POVO procurou os secretários Arialdo Pinho e Antonio Balhmann (PDT), ambos citados na delação do empresário Wesley Batista, mas não houve retorno. (Wagner Mendes)

 

Adriano Nogueira

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