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Janot recorre e pede que STF decrete prisão de Aécio e Rocha Loures

2017-05-23 01:30:00
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O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, recorreu da decisão do ministro Luiz Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, que negou a prisão preventiva do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR). Janot pede que o ministro reconsidere a decisão ou leve com urgência o caso para o plenário, com intuito de que os 11 ministros da Corte analisem a possibilidade de prisão dos parlamentares.


Os dois já foram afastados do mandato por Fachin na última quinta-feira, quando foi deflagrada a Operação Patmos, com base nas revelações de empresários do grupo J&F em delação premiada. Segundo Janot, a prisão preventiva é “imprescindível” para garantia da ordem pública e instrução criminal, diante de fatos gravíssimos que teriam sido cometidos pelos parlamentares.


Aécio e Rocha Loures, homem de confiança de Temer, foram gravados por Joesley Batista em negociação de pagamento de propina pelo empresário. Depois, ambos foram alvos de ações controladas pela PGR. Um interlocutor de Aécio e o próprio Rocha Loures aparecem nas filmagens recebendo dinheiro em espécie.


Janot argumenta no recurso encaminhado ao STF que as gravações ambientais e interceptações telefônicas demonstram que Aécio e Loures “vêm adotando, constante e reiteradamente, estratégias de obstrução de investigações da Operação Lava Jato”. (AE)

 

Saiba mais


As análises da gravação da conversa de Temer com Joesley serão feitas pelos peritos do Instituto Nacional de Criminalística, órgão central de perícia criminais da Polícia Federal (PF). O exame será feito levando em consideração três pontos: conteúdo, comparação de locutor e verificação de edições.


De acordo com o perito Temer, porém, do ponto de vista técnico a gravação não pode ser considerada autêntica. Ao ser questionado se acredita que a Polícia Federal deve levar em conta suas analises feitas no material, Molina disse “esperar que sim”.


Perito contratado pelo jornal Folha de São Paulo na última sexta-feira, 19, Ricardo Caires dos Santos, encontrou mais de mais de 50 pontos de edição no grampo. Já analise feita por perito contratado pelo jornal O Estado de São Paulo, Marcelo Carneiro de Souza, encontrou “fragmentações” em pelo menos 14 momentos da gravação.

 

Adriano Nogueira

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