Governo aceita tramitação mais lenta
A articulação do líder do PMDB no Senado e ex-presidente da Casa, Renan Calheiros (AL), fez o governo de Michel Temer recuar e aceitar uma tramitação mais lenta para a reforma trabalhista.
O vice-presidente da Casa, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), propôs um acordo à oposição ontem para que a proposta também passe pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) - além da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) e de Assuntos Econômicos (CAE) que já haviam sido acordadas.
Demora
A manobra de Renan Calheiros deve atrasar ainda mais a primeira votação da reforma da Previdência no plenário da Câmara dos Deputados, na medida em que os deputados condicionaram a aprovação das novas regras previdenciárias à aprovação da reforma trabalhista no Senado.
Para fechar o acordo, a oposição teria que desistir dos requerimentos apresentados no plenário pelos senadores Randolfe Rodrigues (Rede-AP) e Gleisi Hoffmann (PT-PR) pedindo que o texto tramite em um quarto colegiado: a Comissão de Direitos Humanos (CDH), comandada pela senadora Regina Sousa (PT-PI).
Os oposicionistas, entretanto, ainda avaliam a proposta. Eles consideram que o governo só mudou de ideia por considerar que não possui votos suficientes para derrotá-los. (Agência Estado)
Adriano Nogueira