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Encontros regionais definiram eleitores nacionais do PT

2017-05-08 01:30:00
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Os encontros regionais que aconteceram ao longo do final de semana por todo o País representaram a segunda etapa de um processo que levará ao 6º Congresso Nacional, que acontecerá de 1º a 3 de junho próximo. Aconteceram, assim como no Ceará, disputa pelas executivas regionais em outros 23 estados, já que Bahia, Pernambuco e Maranhão decidiram adiar.

 

Os delegados estaduais votaram para presidente estadual, chapa de diretório e para delegados nacionais, que terão direito a voto na etapa nacional, realizada entre os dias 1º e 3 de junho. Após o pleito, as executivas devem ser montadas levando em conta as regras de paridade do PT, que são: metade de mulheres e metade de homens, 20% de jovens e 20% de cotas para negros e índios.


Presidente de honra do PT, Luiz Inácio Lula da Silva esteve presente à abertura do encontro de São Paulo, na noite de sexta-feira. Em discurso duro, na ocasião, afirmou que está com mais disposição para disputar as eleições presidenciais em 2018 do que jamais esteve, incluindo a primeira vez em que concorreu ao cargo, em 1989.


Lula participou do evento acompanhado do ex-presidente do Uruguai Pepe Mujica, do presidente nacional do PT, Rui Falcão, dos senadores Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias e de outras lideranças. Na ocasião, ainda, ele reclamou do que considera “perseguição” jurídico e midiática à sua biografia, que já duraria mais de dois anos. “Eles conseguiram aflorar em mim, aos 72 anos, uma coisa que eu pensei que já havia passado. Agora, que resolveram tentar destruir uma biografia, que eu não devo a eles, que só devo ao povo, terão que me enfrentar outra vez nas ruas deste país”, disse.


A senadora Gleisi Hoffmann, do Paraná, é considerada favorita para assumir, em junho, a presidência nacional do PT. Além dela, que teria a simpatia do próprio Lula para assumir o posto, o senador fluminense Lindbergh Farias também estaria de olho na sucessão de Rui Falcão.


O posto é considerado estratégico porque indicará o responsável por conduzir a agremiação no ano eleitoral de 2018, em meio a um escândalo que envolve petistas importantes, dentre eles o próprio Lula, réu em pelo menos cinco processos na Justiça Federal. Tanto Gleisi como Lindbergh tem perfil brigador e, na crise que levou ao impeachment de Dilma Rousseff, integraram a tropa de choque de defesa do mandato da petista.

Adriano Nogueira

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