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Cid Gomes anuncia sua candidatura para o Senado

2017-05-30 01:30:00
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Apontado pelo empresário Wesley Batista, um dos donos da JBS, como recebedor de R$ 24 milhões em propinas, o ex-governador do Ceará e ex-ministro da Educação Cid Gomes (PDT) anunciou que é candidato ao Senado para “não deixar um ladrão assumir meu lugar”.


“O Congresso Nacional precisa de políticos honestos e que trabalhem em nome da população”, disse ele no encontro regional do PDT-Ceará, na cidade de Itarema, no Interior.


Cid Gomes antecipou até a chapa que apoiará para 2018: Ciro Gomes para presidente do Brasil; Camilo Santana para reeleição de governador do Ceará; e ele com o deputado federal André Figueiredo (PDT) para as duas vagas do Estado para o Senado. O ex-governador disse que “o Congresso Nacional precisa de políticos honestos e que trabalhem em nome da população”.


Em delação premiada, Wesley Batista afirmou aos investigadores da Operação Lava Jato que em 2010 e 2014 deu R$ 24 milhões de propinas, a pedido de Cid Gomes para conseguir que o Estado liberasse créditos fiscais de mais de R$ 110 milhões que tinha a receber e estavam atrasados.


Segundo Batista, em 2010 o grupo JBS tinha valores a receber do governo do Estado do Ceará por créditos de ICMS. Os pedidos de propina, segundo ele, foram feitos em dois momentos: na campanha para a reeleição de Cid Gomes no governo, e depois, em 2014, quando ele apoiou Camilo Santana (PT). O petista foi eleito, ao derrotar o senador Eunício Oliveira, do PMDB.


Ainda segundo Wesley Batista, foram pagos R$ 9,8 milhões por meio de contratos fictícios de prestação de serviços. Wesley entregou na delação todas as notas das empresas que emitiram para esquentar o dinheiro da propina e os valores.


Outro lado

Em Itarema, Cid Gomes se defendeu das acusações de que teria recebido propina da empresa JBS. “Temos a consciência de quem escolhe essa vida pública vai sofrer ameaças, tentação e calúnias, eu sempre fui transparente e isso é a melhor defesa para isso. Eu nunca recebi um centavo da JBS”, disse.

 

O ex-governador ter se beneficiado de recursos ilegais. “Ajuda de campanha é diferente. É legal. Sou digno, sério e honrado, tudo o que espero da vida pública é ser lembrado pela luta a favor do Ceará e do cearense e de minha seriedade e honestidade.” (Agência Estado)

 

Adriano Nogueira

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