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Atos contra reformas de Temer marcam dia do trabalhador em Fortaleza

2017-05-02 01:30:00
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No dia do trabalhador, manifestantes protestaram nas principais capitais do País contra a agenda econômica do Palácio do Planalto. Com a unificação dos movimentos sociais, houve mobilização em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador, Brasília e Recife.


Em Fortaleza, milhares de pessoas saíram às ruas, na tarde de ontem, para protestar contra reformas econômicas do presidente Michel Temer (PMDB). Entre os manifestantes, movimentos sociais organizados, partidos políticos, sindicatos e sociedade civil.


O ato unificado reuniu cerca de 20 mil pessoas, segundo organizadores, no aterrinho da Praia de Iracema para pedir a derrota do texto das reformas trabalhista e da previdência no Congresso Nacional.


A manifestação, concentrada no cruzamento das avenidas Historiador Raimundo Girão e Ildefonso Albano por volta das 15 horas, seguiu de forma pacífica pela avenida Beira Mar, se encerrando por volta das 18h30min no Mercado dos Peixes. A Secretaria de Segurança e Defesa Social (SSPDS) não fez estimativa oficial de público.


O presidente Temer, assim como ocorreu no ato da última sexta-feira, 28, foi o principal alvo de críticas dos manifestantes. Em coro, o grupo pedia novas eleições e a saída do peemedebista do comando do País. Citando as duas reformas que tramitam nas casas legislativas em Brasília, o público falava, através de gritos de guerra e cartazes, em “retrocessos”.


A agricultora Antônia Camilera, 28, disse ao O POVO que saiu de casa para protestar porque, caso as reformas sejam aprovadas, os trabalhadores deverão sofrer com vários retrocessos.


“É de fundamental importância se manifestar porque essa não é uma luta de partido A ou partido B, é de todo brasileiro. Precisamos reivindicar os nossos direitos que estão sendo corrompidos”, disse. “O governo Temer é golpista e ilegítimo, e veio para retirar os nossos direitos conquistados com muita luta”, finalizou.


Para o professor Luís Júnior, 28, o momento é de pressionar os parlamentares para derrotar as pautas do governo na Câmara e no Senado.


“A gente tem que pressionar os parlamentares de alguma forma. Esses direitos foram lutados para conseguir. É preciso se contrapor a esses retrocessos. A gente precisa lutar pelos nossos direitos”, defende.


A Polícia Militar (PM) e agentes da Autarquia de Trânsito, Serviços Públicos e Cidadania (AMC) acompanharam o ato do início ao fim.


Dia do trabalhador

Em mensagem pelo Dia do Trabalhador, divulgada por meio das redes sociais, Temer respondeu indiretamente aos manifestantes e disse que a reforma trabalhista que tramita no Congresso Nacional faz do 1º de Maio deste ano um “momento histórico”.

 

Temer afirmou que a “modernização das leis trabalhistas” criará emprego para os jovens e concederá direitos a trabalhadores que antes não tinham, como os temporários.


“Além de mais empregos, o resultado será mais harmonia na relação de trabalho, e, portanto, menos ações na Justiça”, disse o presidente.


Saiba mais


Durante a concentração, os carros de som tocavam Belchior, morto no último sábado, 29. A música substituiu os discursos políticos em boa parte do protesto.


As refromas de Temer tem unido movimentos movimentos e partidos opositores. Força Sindical e CUT, além de PT, Psol e PSTU marchavam do mesmo lado na tarde de ontem.

 

Wagner Mendes

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