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Enfrentando a maior crise do seu governo, o presidente Michel Temer (PMDB) conseguiu vitórias no Senado e na Câmara dos Deputados, após dia de muita tensão. O relatório da reforma trabalhista avançou no Senado após intenso bate-boca entre os parlamentares e deve ser votado na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) na próxima terça-feira, 30.

[SAIBAMAIS]

O presidente da CAE, senador cearense Tasso Jereissati (PSDB), considerou matéria como lida após não conseguir retomar a sessão onde seria feita a leitura, por causa da confusão. Para que uma matéria seja votada, é necessário que o texto seja lido na comissão.

O relator da reforma, senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), afirmou que “o calendário da reforma trabalhista está absolutamente mantido”. A oposição ainda tentou impedir a leitura por meio de um requerimento apresentado à mesa diretora, mas o pedido foi rejeitado em votação apertada, por 13 votos a 11.

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A confusão começou quando Randolfe Rodrigues (Rede-AP) tentar subir na mesa e xingou Ataídes Oliveira (PSDB-TO). “Vocês estão sustentando um governo corrupto, mas nós não vamos aceitar isso”, gritou. Em resposta, o senador xingou Randolfe de “bandido e vagabundo”. A briga entre os dois por pouco não teve agressões físicas. No fundo da sala, manifestantes gritavam “Fora, Temer!” e “Golpistas”.

Além da CAE, a reforma trabalhista precisa passar pelas comissões de Constituição, Cidadania e Justiça (CCJ) e de Assuntos Sociais (CAS) antes de ser votada no plenário do Senado. Caso seja rejeitado em alguma dessas etapas, o projeto será arquivado.

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PEC das diretas

O presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, Rodrigo Pacheco (PMDB-MG), retirou da pauta de hoje a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 227, que estabelece eleições diretas para o caso de vacância da Presidência da República.

 

O projeto foi apreciado ontem pela comissão, mas acabou não tendo seu relatório colocado em votação. Isso porque a base aliada obstruiu um requerimento que buscava a inversão da pauta da CCJ. A iniciativa da oposição tinha o objetivo de colocar a PEC 227 como primeiro item para análise. Ao final da sessão, Pacheco convocou nova sessão da CCJ para hoje às 10 horas, mas não incluiu o item na pauta. (com agências)