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Operação volta à origem da Lava Jato

2017-04-27 01:30:00

A 2ª fase da Operação Perfídia, da Polícia Federal, deflagrada ontem, conduziu coercitivamente o doleiro Carlos Chater, dono do Posto da Torre - local de origem da distribuição de propinas a políticos investigada pela histórica Operação Lava Jato. Ele teve a condenação mantida pela Justiça Federal, em 2015, a cinco anos e seis meses em regime inicial fechado em uma ação de que tratava de crimes de tráfico de drogas, evasão de divisas e lavagem de dinheiro. Atualmente, cumpre a pena em regime aberto.


Carlos Chater é o dono do famoso Posto da Torre, em Brasília, onde também funciona uma lavanderia e uma casa de câmbio. O local foi alvo da primeira fase e serviu de inspiração para o nome da Operação Lava Jato. A empresa e as contas, em nome do doleiro, foram usadas para lavagem de dinheiro do tráfico de drogas, segundo os investigadores. À época, foi descoberto também que Chater integrava o grupo de doleiros que faziam parte de esquemas de corrupção de políticos e agentes públicos até hoje investigado e alvo de denúncias da Lava Jato.


A Polícia Federal e Chater voltaram a se encontrar nesta quarta-feira, 26, quando o doleiro foi conduzido coercitivamente na 2.ª fase da Operação Perfídia, que investiga uma suposta organização criminosa envolvida com lavagem de dinheiro, evasão de divisas e sonegação fiscal. Além dele, a prima, Cláudia Chater, é alvo de mandado de prisão no âmbito da Perfídia.


De acordo com o Ministério Público Federal, na primeira fase da operação, em dezembro do ano passado, foi descoberta a movimentação de "cifras bilionárias". Em uma única transação bancária, os valores superaram US$ 5 bilhões. (Agência Estado)

 

Adriano Nogueira

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