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Manifestações são registradss em pelo menos 129 cidades

2017-04-29 01:30:00
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Os protestos contra as reformas trabalhista e da Previdência Social foram marcados pelo bloqueio de avenidas e rodovias pelo País e pelas caminhadas empreendidas pelos manifestantes. Confrontos e depredações também marcaram as manifestações em cidades como Rio e São Paulo.

[SAIBAMAIS]

De acordo com levantamento do jornal Folha de S. Paulo, 129 cidades brasileiras registraram manifestações ou greves em todo o País. Dessas, houve interrupção dos serviços de transporte público em pelo menos 38 cidades. Em nove, foram registrados confrontos violentos entre a polícia e os manifestantes.


Nas duas maiores cidades do Brasil, os atos começaram no início da tarde arregimentadas por entidades sindicais e movimentos sociais do País. Em São Paulo, integrantes da Frente Povo Sem Medo começaram protesto que seguiu até a residência do presidente Michel Temer (PMDB), na região dos Jardins. Na zona oeste, fachadas de agências bancárias foram atacadas por manifestantes adeptos da tática black bloc. Na capital paulista, pelo menos 21 pessoas foram presas ontem durante os atos.


No Rio de Janeiro, manifestantes e policiais entraram em confronto na região central da cidade. Nove ônibus foram incendiados por pessoas mascaradas. A polícia reprimiu a ação usando bomba de efeito moral e gás lacrimogêneo.


Na região da Cinelândia, manifestantes que defendiam protesto sem confronto entraram em discussão contra outros mais radicais, que usavam fogo para realizar barricadas. Bombas também foram usadas pela polícia na área. Pelo menos duas pessoas ficaram feridas durante os atos, com ferimentos leves.


Algumas agências bancárias foram depredadas. Elas estavam cobertas por tapumes, que foram arrancados e incendiados. Os vidros foram destruídos. Mais cedo, houve confrontos entre sindicalistas e taxistas no Aeroporto Santos Dumont, e entre ativistas e policiais militares, perto da Rodoviária Novo Rio.


Outros estados

Nos outros estados brasileiros, as manifestações seguiram também com bloqueios de ruas e avenidas e caminhada de manifestantes. O transporte público foi o ponto afetado em quase todas as cidades onde se registraram protestos. Em Manaus e em São Luís, a Justiça determinou que parte da frota dos ônibus circulassem, mesmo que os motoristas e cobradores tenham entrado em greve.

 

Na Bahia, órgãos como o Tribunal de Justiça, o Tribunal Regional do Trabalho e a Defensoria Pública suspenderam o expediente alegando questões de segurança. Em pelo menos três estados, as manifestações receberam apoio de policiais civis ou federais. Em Campo Grande, agentes de segurança aproveitaram as reivindicações para cobrar melhores salários. Apoio foi registrado ainda em Manaus.

 

Adriano Nogueira

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