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Doria diz que Alckmin ficou 'constrangido'

2017-04-22 01:30:00
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O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou ontem que o governador Geraldo Alckmin (PSDB) está "muito constrangido" com a citação de seu nome em delações de executivos e ex-executivos da Odebrecht. Três delatores afirmaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) que um cunhado de Alckmin recebeu R$ 10,7 milhões via caixa 2 do Setor de Operações Estruturadas - o departamento da propina.

O governador nega.


"Muito constrangido, muito constrangido", disse Doria ao ser questionado sobre a reação do governador, de quem ele é um dos mais próximos aliados.

As citações a Alckmin foram encaminhadas ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).


"Evidentemente que alguém que tem uma vida limpa, construída com modéstia, como ele tem, fica constrangido diante dessas circunstâncias", disse Doria em Foz do Iguaçu, onde participou pela primeira vez como prefeito do Fórum de Líderes Empresariais, que está em sua 16ª edição e é organizado pelo Grupo Doria, do qual até ano passado era presidente.


Alckmin, em nota, afirmou que não pediu ou recebeu recursos irregulares. "Jamais recebi um centavo ilícito. Da mesma forma, sempre exigi que minhas campanhas fossem feitas dentro da lei."


Recebido com faixa de apoio durante visita a Patrocínio Paulista, Alckmin citou o governador Mário Covas (1930-2001) para se defender das denúncias, quando foi questionado se temia perder prestígio.


"Mário Covas dizia que o povo erra menos do que as elites", disse, garantindo acreditar que a população "vai separar as coisas". "Tenho 40 anos de vida pública, modesta e dedicada à nossa população", afirmou.

Adriano Nogueira

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