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Servidores repercutem recuo de Michel Temer

2017-03-23 01:30:00

Diante do anúncio do presidente Michel Temer (PMDB) de que a reforma da Previdência não vai incluir servidores municipais e estaduais, movimentos sociais se dividem em relação à pressão ao governo federal.


Focado na luta contra o “reajuste negativo” dado pelo governador Camilo Santana (PT) aos servidores, o Fórum Unificado das Associações e Sindicatos dos Servidores Públicos Estaduais do Ceará (Fuaspec) deve manter a pressão localmente. “Temer voltou atrás, mas quem garante que o governo estadual não vai fazer também?”, questionou o coordenador-adjunto do fórum, José Francisco Rodrigues.


Ele afirma, porém, que a mudança não deve aplacar os protestos. “É mais uma medida para tentar refrear os movimentos, mais um golpe contra a sociedade e o povo. Nós estamos totalmente revoltados com o que está acontecendo na política”, disse.


Presidente do Sindicato dos Professores e Servidores da Educação e Cultura do Estado e Municípios do Ceará (Apeoc), o professor Anízio Santos garantiu que recuo do “não vai diminuir um centímetro da luta” contra a reforma da Previdência.


Santos acredita, porém, que a mudança pode ser uma “estratégia” para conseguir aprovar a reforma e, posteriormente, pressionar os governadores “para impor a eles as mesmas condições da reforma a nível federal”. E promete que os protestos, inclusive em Brasília, não devem parar. (Letícia Alves)

Adriano Nogueira

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