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Com público abaixo do esperado, protestos em defesa da Operação Lava Jato movimentaram várias cidades do País durante o dia de ontem. Protagonista da maioria dos atos, o juiz federal Sérgio Moro não foi pauta única. As reivindicações dos participantes iam desde temas da reforma política, como o fim do foro privilegiado e o repúdio ao sistema de lista fechada de votação e ao financiamento público das campanhas, até a defesa da prisão do ex-presidente Lula (PT) e contra o desarmamento civil.

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A pauta numerosa e difusa dos atos foi apontada por alguns participantes como o motivo da baixa adesão. Os protestos foram organizados pelos movimentos Vem Pra Rua e Brasil Livre (MBL), mesmos grupos que chamaram a maioria das manifestações pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT) no ano passado. Segundo eles, foram programados atos em 130 cidades.

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“Nós não somos contra a classe política. Nós precisamos deles para nossa democracia, mas precisamos de partidos e políticos que pensem no povo e não nos próprios interesses como é hoje”, disse o coordenador do Vem pra Rua, Rogério Chequer, no ato ocorrido no município São Paulo, durante a tarde.

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A cidade tradicionalmente reúne os maiores números de pessoas em manifestações desde os movimentos de julho de 2013, mas também teve participação abaixo da esperada. Não foram divulgadas estimativas oficiais de público nem pela Polícia Militar, nem pela organização do evento. Segundo agências, alguns organizadores falavam em 10 mil pessoas, número não confirmado.

Ainda na capital paulista, o MBL levou uma pauta específica que trata da aprovação do Projeto de Lei 722, que suprime um dos artigos do Estatuto do Desarmamento, e uma emenda para a Reforma da Previdência, elaborada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que cria um novo sistema previdenciário para os nascidos a partir do ano 2000.

Sede do comando da Lava Jato, a capital do Paraná, Curitiba, reuniu pelo menos quatro mil pessoas, segundo a PM. Foi um dos atos mais numeroso do País, levando em conta as estimativas da Polícia. Lá, o ato foi mais voltado para o apoio a Moro e o pedido da prisão de Lula.

Em Brasília, a Secretaria de Segurança Pública (SSP) contou cerca de 630 participantes ao fim do ato, que aconteceu pela manhã em frente ao Congresso Nacional. O protesto começou às 10h e terminou ao meio-dia, com um enterro simbólico do que os manifestantes chamaram de “velha política”.

As lápides foram levadas para a frente do espelho d’água do Congresso. Em cada uma, havia a foto de um político. Foram retratados os presidente do Senado e da Câmara, Eunício Oliveira (PMDB) e Rodrigo Maia (DEM-RJ). (Com agências)