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STF e o acordão

2017-02-23 01:30:00

Henrique Araújo, editor-adjunto de Conjuntura


Alexandre de Moraes encontrará um Supremo Tribunal Federal pacificado. Diferentemente do ânimo que demonstrava meses atrás, a Corte pisou no freio, e já não se veem decisões monocráticas como antigamente. Não creio que a máxima “Com o Supremo, com tudo”, formulada por Jucá, tenha efetivamente se tornado realidade. Mas o quadro inspira cuidados. Começou com Cármen Lúcia mantendo o sigilo das delações da Odebrecht. Continuou com Mello garantindo o foro de Moreira Franco.

 

E seguiu com Fux entendendo-se com Rodrigo Maia sobre o pacote de medidas anticorrupção. Quem ainda tem fugido à regra é Luís Roberto Barroso, que compra briga com o Congresso ao tentar reduzir o escopo do foro por prerrogativa de função. É nesse STF que Moraes, indicado por Temer (citado 43 vezes na Lava Jato), tomará parte agora. Que papel cumprirá? É cedo para dizer. Independentemente de sua função, porém, parece que a própria Corte já se encarregou de reduzir a temperatura política no País.

 

Adriano Nogueira

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