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Jucá diz que citou música

2017-02-22 01:30:00

 

Um dia após ter dito que restringir o foro privilegiado seria “suruba selecionada”, o líder do governo no Congresso, senador Romero Jucá (PMDB-RR), pediu desculpas a quem tenha se sentido ofendido com as declarações. “Se acabar o foro, é para todo mundo. Suruba é suruba. Aí é todo mundo na suruba, não uma suruba selecionada”, disse o peemedebista na segunda-feira, 20.

 

Ontem, porém, o senador afirmou que havia citado a música Vira-vira, do grupo Mamonas Assassinas, para fazer a referência a “suruba”, mas que a reportagem não registrou o fato. Na entrevista gravada, entretanto, Jucá não fez referência à música. da banda paulista.


O peemedebista, investigado na Operação Lava Jato, é um dos parlamentares que defendem que, caso o Supremo Tribunal Federal (STF) decida reduzir o alcance do foro para políticos com mandatos eletivos, a medida também deveria abranger integrantes do Judiciário e do Ministério Público.


Apesar de interlocutores do presidente Michel Temer afirmarem, nos bastidores, que a opinião de Romero Jucá em relação ao debate sobre o foro privilegiado é compartilhada pelo núcleo político do governo, o Palácio do Planalto quer manter distância da polêmica para não prolongar o mal-estar nem abrir uma nova crise.


Em conversas reservadas, auxiliares de Temer avaliaram que as declarações do líder do governo no Congresso foram “acima do tom”, mas disseram que a ordem no Planalto era de manter o silêncio sobre o assunto.


Para eles, o erro de Jucá foi ter se manifestado em público e partido para o confronto até mesmo com a imprensa. (Agência Estado)

 

 

Adriano Nogueira

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