Beto Lima foi pai pela primeira vez aos 32 anos. A expectativa pelo João Pedro era tanta que não cabia em si. Resolveu criar o @eupapai, onde compartilha momentos diários ao lado do filho, hoje com seis anos, e da recém-chegada na família, Helena, de um aninho. Foi o jeito que ele achou de extravasar o que estava sentido, "criando um perfil anônimo no Instagram, com um nome 'genérico' e sem mostrar qualquer imagem minha ou da minha esposa". "Fiz isso sem ela saber. Mas ali eu podia contar de peito aberto sobre meus sentimentos em cada etapa do processo", conta.

Atualmente a família de Beto, que é das Minas, faz parte do dia a dia de mais de 130 mil seguidores espalhados na rede social. O bom humor e a sinceridade das publicações são marcas registradas do papai, que divide reflexões sobre ser pai entre alegrias, conquistas e desabafos.

"É outra vida, outras prioridades, outro modo de enxergar o mundo. Isso exige muita maturidade, que vem mesmo com o tempo. Eu costumo dizer que o principal papel do pai após a chegada do filho é cuidar da mulher. A criança depende praticamente que 100% dela, então cabe ao homem cuidar da esposa", entende.

"Uma coisa que tento aplicar é que a maternidade/paternidade não é um jogo que se ganha sozinho. É trabalho de time, coletivo. A gente precisa se completar, se apoiar, entender onde o outro está fragilizado. É não atacar todo mundo ao mesmo tempo. Nem sempre se ganha o jogo assim. Mais do que ensinar, o exercício da paternidade é um aprendizado diário", diz ser seu maior ensinamento até aqui.