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Com elas, a palavra!
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Com elas, a palavra!

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Influenciadoras de Fortaleza contam sobre suas rotinas na Internet e a constante batalha que enfrentem na ligação entre o real e o virtual

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Vanessa de Carvalho, jornalista (@vanessadecar_)

"Meu conteúdo é o meu dia a dia. Sair cedo e pegar o ônibus, passar o dia no trabalho e chegar tarde. Mas o que acontece entre uma atividade e outra é o que chama atenção no meu Instagram, como antes de sair de casa, quando eu gravo vídeos me maquiando, dançando, tomando café com os meus pais. Acredito que essa busca por “likes” seja uma métrica de vaidade que não diz muito sobre a influência de alguém. Acredito muito mais no engajamento do perfil. Na qualidade de pessoas que se interessam em saber como você resolve os problemas do dia a dia. Eu gosto de postar tudo, desde o vizinho que eu fico paquerando na janela, até um problema de saúde do meu pai. É uma rede social onde posso ser eu mesma"

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Palloma Pinheiro, nutricionista (@pallomaalbuquerq)

"Eu sempre posto fotos sensuais, do jeito que eu sou. Eu não me importo com a opinião dos outros e nunca me importei. Eu acho que isso é questão de, além de ter amor próprio, ajudar a elevar a autoestima. Nos meus dias mais difíceis eu me olho no espelho e sempre me acho maravilhosa. Por isso, eu não me importo com que os outros falam no meu Instagram. Eu já cheguei a divulgar coisas nas minhas redes sociais das quais me arrependo muito, produtos que as pessoas não precisam estar usando para emagrecer, por exemplo. Mas seve de lição. Hoje eu sei muito bem o que falar quando as pessoas me perguntam sobre esse assunto, eu definitivamente não recomendo esse tipo de publicidade, não é legal influenciar assim"

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Magi, cantora (@magi.real)

Ser influenciadora hoje tem sido um papel cada vez mais delicado. Eu acredito muito em que tudo o que postamos tem um papel e uma dimensão que não conseguimos ter noção. A gente nunca sabe o que as pessoas estão passando e o que elas precisam ouvir. O cuidado na hora de falar e mostrar um assunto tem que ter o mínimo de atenção. O cenário de likes é algo que tem adoecido a sociedade. Vivemos num impasse de querer não se importar tanto porque likes não definem o que gente é, mas que acabamos precisando por conta do nosso trabalho, no meu caso com a música. Então é algo que precisamos ter maturidade para lidar e colocar na balança. O maior desafio é realmente equilibrar como ser real no Instagram e na vida.

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