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Elegância a toda prova
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Elegância a toda prova

Ícones às vezes se desfazem, mas nos momentos em que estivemos com Carolina e a sra. Herrera, a elegância se materializou em forma presença e conteúdo. Puro glamour!
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Carolina Herrera e Carolina Herrera de Baez (Foto: DIVULGAÇÃO)
Foto: DIVULGAÇÃO Carolina Herrera e Carolina Herrera de Baez

A elegância não está exatamente no vestir, é uma questão de pertencer à ela, algo como Carolina Herrera e su hija, Carolina Herrera de Baez, ensinam, e com naturalidade. Recentemente, Pause as encontrou em Sampa, para o lançamento de Good Girl Dot Drama em uma mansão literalmente vestida de Polka Dots by Carolina Herrera. Paralelo a um workshop de fragrâncias conduzido por Carolina filha, desvendando o novo elixir com a assinatura in gold de Karlie Kloss, quem descia as escadas - elegantíssima, sem aviso prévio -, era a mãe. Clássica em seu p&b, senhora Herrera parecia dar ritmo aos passos em um caminhar proporcionalmente chique à sua paixão por lunares, que ela mesma justificou, em um rápido tour pela casa de bolinhas como parte da fashion experience. Na manhã seguinte ao Dot Club, incluindo talk e jantar na Rua das Begônias, as anfitriãs nos receberam no icônico Palácio Tangará, onde Pause, a convite da grife, ficou hospedado. Lá, Herrera e Carolina atenderam a quatro jornalistas do Brasil. A estilista, amante do País, parecia estar em casa. Prontamente, ofereceu água. Lamentou por não ter caipirinha. Riu. Durante sua passagem aqui, mostrou-se leve, de um humor espirituoso, como quem sabe aproveitar as coisas simples. A espontaneidade da senhora Herrera lhe dá jovialidade aos 80, quase metade dedicados à moda. Ao longo dos anos, construiu um império, mas nem por isso perdeu a sensibilidade ao outro, de ver e escutar. Grandezas de uma eterna lady, dona, aliás, de uma postura que fala por si, atenciosa e delicada. Carolina Herrera é referência de estilo e, acima de tudo, elegância, até quando se veste de jeans, como optou para o papo em sua sala "secreta" no Tangará. De denim dress, ainda elegantíssima (essa palavra não cansa, muito menos as Carolinas), jovial, alto astral, uau. Confira trechos da entrevista:

Carolina Herrera é uma marca icônica, e a senhora a personificação da elegância. Qual o peso desses títulos?

Desde o princípio da minha carreira, quando comecei a fazer isso, queria que as mulheres que vestissem se vissem elegantes, femininas e, claro, modernas, pois estamos em um século no qual todo mundo quer ser diferente.

O que faz uma mulher ser elegante?

Muitas coisas! E não se trata do que você veste. Tampouco é sobre ter dinheiro. Vejo muitas mulheres por aí com muito dinheiro e que não são elegantes, mesmo podendo comprar de tudo. É ter atitude. Elegância é o que você pensa, é como você anda, o jeito que você fala. Uma combinação de muitas coisas.

E a brasileira, é uma mulher elegante?

Sempre foi, e te falo o porquê: Em todas as listas das mais bem-vestidas do mundo, sempre teve alguma mulher brasileira. Elas se vestem diferente - e por causa do clima, ao contrário da mulher da Europa, por exemplo. E estão sempre incríveis e elegantíssimas.

Você começou a trabalhar a sua marca quando tinha 42 anos e já era mãe de quatro meninas. Como foi começar a trabalhar "mais tarde"?

Eu acho que sempre há tempo para a pessoa fazer o que quiser. Você pode começar aos 20, aos 42, aos 50... É o mesmo (desafio), se fizer isso por si mesma. Nós, mulheres, podemos fazer tudo. Podemos ter uma família e uma carreira. É isso que nos difere dos homens. Fazemos muitas coisas ao mesmo tempo.

Qual o segredo para manter uma casa de moda há tanto tempo?

É preciso evoluir para atrair os jovens e manter um estilo sem confusão. A moda está confusa hoje em dia, por isso é preciso ser fiel, seguir uma linha dentro daquilo que você acredita que deve ser o que as mulheres vão vestir. As jovens estão aí também para comprar. Por isso, acredito que você pode mudar um pouco, mas não totalmente, do contrário não seria a Herrera. Um exemplo disso é a grife Chanel. (O estilista) Karl Lagerfeld (1933-2019) respeitou a figura de Coco Chanel, seguiu adiante, mas com suas mudanças. Mas é a Chanel que se conhece hoje e que vai ser reconhecida sempre. Era um gênio, o Karl.

Aproveitando, como você lidou com os desafios da sua carreira de estilista?

No início, não sabia que iria ser tão difícil. Quando a gente começa algo que queremos muito fazer, como eu, que quis ser estilista, achei que seria fácil. Mas não é. Tudo é um desafio, porque sempre estamos lidando com alguém que critica o que estamos fazendo e passamos a querer cada vez mais fazer bem, para que não nos critiquem. Mas é importante fazer algo bem para você mesma, e não para satisfazer quem te critica. Na moda, é ler as críticas após os desfiles, ver tudo o que falam e não ficar afetada, porque você está fazendo o que você gosta. Isso é um desafio diário.

Após apontar Wes Gordon como novo diretor criativo da marca em 2018, qual a sua nova ocupação como embaixadora da marca?

Meu novo papel é fazer exatamente o que estou fazendo (risos). Agora, posso me dedicar às viagens, participar do lançamento dos perfumes... e estou muito feliz com a nova fase. Fico contente com o Wes também, porque ele me escolheu, e eu o escolhi, e acredito que tem feito um trabalho brilhante na marca. Quando vou para os desfiles e o vejo na frente, me sinto como uma professora que tem um aluno excepcional.

 

O frasco adota a mania do Polka Dot. O stiletto Good Girl é composto de três partes: o sapato delgado é decorado com poá; o topo do calcanhar, estilizado em preto; e o salto alto, em ouro. Este design acentua a dualidade do floral oriental criado por Louise Turner
O frasco adota a mania do Polka Dot. O stiletto Good Girl é composto de três partes: o sapato delgado é decorado com poá; o topo do calcanhar, estilizado em preto; e o salto alto, em ouro. Este design acentua a dualidade do floral oriental criado por Louise Turner

Drops good girl

A nova versão do perfume de salto, Good Girl Dot Drama, não poderia ser mais Carolina Herrera, com as famosas polka dots, presentes em diferentes criações da grife. Descubra curiosidades:

Quanto tempo pode demorar o processo de criação de uma nova fragrância da marca?

Carolina Herrera de Baez: Cerca de dois a três anos, depende muito. No caso de Good Girl foram três, porque é um perfume muito diferente, com muitos ingredientes, e um frasco mais complicado de ser desenvolvido. Mas há edições especiais que demoram menos, porque o perfume é o mesmo.

Qual é a melhor maneira de usar um perfume?

Carolina Herrera: Eu prefiro colocar em meu armário e nas minhas roupas - e quando eu abro, está um cheiro divino. (Risos).

 

1973 - A ex-primeira-dama em um vestido de seda
1973 - A ex-primeira-dama em um vestido de seda

Oh, Jackie!

Ao longo de uma trajetória dedicada à moda, Carolina Herrera vestiu muitas mulheres ícones de elegância tanto quanto ela. Oprah Winfrey, Blake Lively e, recentemente, Megan Markle, são alguns dos nomes, incluindo a ex-primeira dama Jackie Kennedy (1929-1994), com quem dividiu a personificação do estilo CH. "Para mim, ela não era só uma mulher elegante: era inteligente e estava muito engajada na história dos Estados Unidos. Mais que só uma primeira-dama bonita e bem-vestida, para mim, era uma amiga próxima, por quem sempre tive grande admiração", atribui

Fotos meramente ilustrativas

@matranchesi escolheu um look clássico com camisaria branca. Super Herrera!
@matranchesi escolheu um look clássico com camisaria branca. Super Herrera!

Memory card

Para o jantar de lançamento do novo Good Girl no Brasil, @matranchesi escolheu um look clássico com camisaria branca. Super Herrera!

Midi Insignia Cuff by CH
Midi Insignia Cuff by CH

Lições de estilo

O preto e o branco, não tem como fugir, são os fortes de Carolina Herrera. Na primeira aparição ao público, na casa de poás, mãe e filha surgiram na mesma paleta. Carolina Herrera de Baez, diretora criativa de fragrância da @CarolinaHerrera, pescou o look branco da foto. Para dar personalidade ao visual de passarela, arrematou com sandália de tira colorida e salto alto. Senhora Herrera, sempre impecável, emoldurou alguns dos seus melhores insights, claro, de bolinhas pretas e brancas. O clássico que atravessa o tempo e que ela mesma já vestiu e ainda escolhe para momentos especiais. Aqui um dos croquis capturados por Pause. Já o bracelete, é da coleção Insignia, inspirada na pulseira de aniversário de 35 anos da House of Herrera, apresentando iniciais CH tridimensionais. A peça, em ouro, virou mimo às convidadas do brazilian day promovido pela grife

Na própria pele

Falar de Good Girl e Carolina Herrera é o mesmo que traduzir a alma feminina, com sua força para ser e fazer qualquer coisa. Nada a impede de ser ela mesma, dona da história. O poder feminino está ao alcance de todas e foi um dos principais motes de um papo super descontraído, pré-jantar, comandado por Taís Araújo, com a presença das Carolinas e da apresentadora Gloria Maria, na noite CH no Brasil. Reveja nos destaques da Pause no Instagram (@pauseopovo)

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