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Emmir Nogueira - Uma vida a serviço da evangelização
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Emmir Nogueira - Uma vida a serviço da evangelização

Cofundadora do Shalom, Emmir Nogueira conversa sobre a missão da comunidade, a dedicação à igreja, liberdade de expressão e o encontro com os três mais recentes papas
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Falar sobre a vida de Emmir Nogueira hoje é associar sua biografia à história da Comunidade Shalom. São caminhos que se cruzaram, se uniram e não se deixaram mais. Como as boas histórias de amor e de fé.


Junto com Moysés Azevedo, Emmir fundou o Shalom há 35 anos e, atualmente, diz que não imaginaria que o percurso fosse levar a um trajeto tão grandioso. “Não sei como Deus fez isso. Acho que foi graça. Quando Deus quer alguma coisa, Deus dá todas as graças”, conta. A vida é toda em prol da Igreja, do outro, da missão. É de dedicação, de força. E de paz - como a tradução do nome “shalom”, em hebraico.


Nesta conversa, que ocorreu no início de outubro, Emmir reflete sobre a Igreja Católica nos dias atuais e detalha sua missão.

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O POVO - Neste ano a Comunidade Shalom está celebrando 35 anos e acabou de vir de um encontro com o papa Francisco. Esse foi o terceiro papa com o qual a senhora se encontrou. Que lições os três papas deixam?

EMMIR NOGUEIRA - A primeira vez que encontrei com um papa foi exatamente com aquele papa aos pés do qual nasceu nossa vocação. Foi com João Paulo II, em 1981. Nessa ocasião encontrei com o papa sozinha, até porque nessa época o Shalom nem existia. Foi no magistério de João Paulo II que nós nascemos. A influência de João Paulo II sobre nossa vocação é suprema. Até diria que essa é uma de nossas características, tanto minha como do próprio Moysés (Azevedo). Todo o magistério de João Paulo II teve influência enorme, principalmente em dois campos, o da evangelização e da antropologia. Evangelização com os jovens e para os jovens, com a linguagem dos jovens. Não é difícil encontrar uma foto de João Paulo II fazendo canoagem com os jovens, celebrando numa canoa, subindo montanha com eles. Depois, houve o magistério de Bento XVI. Foi uma luz, uma verdade. Nós já conhecíamos o cardeal Ratzinger de outros encontros. E finalmente, a surpresa fantástica de Francisco. Ele mesmo é uma das surpresas de Deus. Já conhecia o Moysés. Já haviam trabalhado juntos antes. Então, foi se desenvolvendo ao longo desse trabalho, ainda como cardeal Bergoglio, toda uma afinidade com aquele que viria a ser o papa Francisco.

OP – Como foi o encontro dos membros da comunidade com Francisco em Roma?

Emmir – Na convenção do Shalom, primeiro ele falou em espanhol. Quando ele fala em espanhol, é sinal de que está em casa. Ele ficou uma hora e cinco minutos conosco. Totalmente à vontade. Se ele tinha levado discurso, eu não vi. Ele foi mesmo disposto a estar com a gente, a conversar com a gente como família. Três jovens fizeram perguntas para ele. E ele com uma caneta Bic, da tampinha azul, escreveu e respondeu uma a uma. Ele fez nessas respostas uma revisão dos três pilares da nossa vocação: contemplação, unidade e evangelização. Creio que foi providência divina que fez com que ele nos desse nortes com relação à contemplação, à unidade e à evangelização da juventude. Foi encontro muito amigável. As pessoas do Vaticano com quem nós conversamos diziam: “Eu nunca vi o papa tão à vontade. Eu nunca vi o papa fazer isso. Vocês tiveram uma graça muito grande”. No final ele nos chamou para tirar uma foto. Foi esse tipo de familiaridade, quase brasileira, que ele teve conosco.

OP – A senhora acredita que o papa Francisco tem causado
revolução na Igreja no mundo contemporâneo?

Emmir – Quando você acredita que o papa é alguém enviado por Deus, naquele momento específico, ele vai fazer a diferença no mundo. Sem dúvida, o papa Francisco tem uma simplicidade e uma proximidade com o povo, que é um carisma dele. Mas poderia ressaltar também as surpresas que Bento XVI trouxe, as surpresas de João Paulo II. Para cada tempo, Deus tem uma coisa nova para você. É isso que Deus tem a dizer hoje, através do papa Francisco: simplicidade, vivência radical com o Evangelho. Preparar-se para as surpresas de Deus.
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OP – Como a senhora sentiu o chamado para a missão Shalom? A senhora fazia faculdade de Psicologia, foi para as Letras, depois começou a trabalhar no Ibeu. Deixou tudo isso de lado ou teve o trabalho paralelo à missão?

Emmir – Sempre fui católica, estudei em colégio católico. Queria ser freira. A freira que me acompanhava um belo dia disse que eu rezasse pelo meu marido. Foi muito chocante para mim. Enfim, aos 17 anos, entrei para a Psicologia, que era o que eu queria, embora na época o preconceito fosse do tamanho do mundo. O fato de eu ter saído da Psicologia foi pelo meu marido. Ele morava aqui e eu, no Rio de Janeiro. Aqui não tinha Psicologia na época. Fiz Letras. Depois fui para a Cultura Inglesa e para o Ibeu. Passei vários anos. Quando eu estava no Ibeu, fiz o Seminário de Vida no Espírito Santo. Isso mudou a minha vida. Meu seminário foi em 1976, quando tive a experiência com a pessoa de Jesus. Minha vida mudou completamente. Mudou com relação a mim e aos pobres, principalmente. Comecei a trabalhar no Pirambu com o padre Caetano. Eu ia à missa na Igreja de São Vicente e dizia ao meu marido: “Como esse rapaz é piedoso. Eu gosto de vir aqui à missa só para ver a piedade desse rapaz”. Era o Moysés.

OP – Foi aí que a senhora conheceu o Moysés.

Emmir – Era o Moysés. Algum tempo depois, fui coordenadora da Renovação Carismática. Todos nós, da comissão central, sabíamos que tinha um jovem que pregava diferente e, naquela época, era difícil de encontrar. Um dia ele me ligou, perguntou se podia falar para os jovens sobre a Renovação Carismática. Ele disse que era o Moysés e eu: “Ah, então você é aquele que prega com a Bíblia na mão? Que bom, sou louca para te conhecer”. Quando chego ao encontro, vejo aquele menino piedoso que estava na minha frente lá na São Vicente. Nos tornamos amigos e começamos a trabalhar nos encontros e seminários para jovens. Quando nasceu a ideia de criar a lanchonete, que depois deu início ao Shalom, foi como fruto da preocupação que eu e ele tínhamos com o mundo. O que fazer para atrair o jovem? A essa altura o jovem não queria mais ir para a missa. Eu dizia para mim: “Eu quero o que esse menino tem. Esse menino descobriu uma coisa muito bela. Eu quero isso”. Aí começou a ideia do Shalom, uma lanchonete para evangelizar. Aldeota, em 1981, zero de lanchonete. E o que me tocou em primeiro lugar foi a experiência de um Jesus vivo, verdadeiro com os pobres. Comecei a buscar algo mais. Não me satisfazia com o que tinha. Quando identifiquei nas palavras, nos planos, nos sonhos daqueles jovens, principalmente o Moysés, que era isso que eu queria, entendi que por esse Jesus que evangelizava os jovens, que se importava com o povo, que quer uma vida nova, com valores evangélicos, por ele eu deixo tudo.

OP – De onde vocês tiram tanto inspiração para ajudar nos aconselhamentos? A psicologia ajuda a senhora?

Emmir – Eu até perguntaria... como aguentar? Especialmente com conselhos de jovens e famílias. Você faz aquela cara de inteligente, mas por dentro está moída. É inevitável pensar que poderia ser meu filho, minha irmã, minha mãe. Nós também evitamos um pouco de zelo. Eu posso dizer “na minha opinião, está acontecendo isso e isso, mas você faz sua escolha”. O segredo é a oração. Nós passamos a manhã inteira, rezamos uma hora, temos uma hora de estudo bíblico, depois formação. Depois, à noite, voltamos a rezar. A oração é que dá a paz. A Palavra de Deus e o magistério da Igreja. Nós estudamos os documentos e lemos tudo que o papa fala. Lemos e estudamos outras coisas que podem nos ajudar, como antropologia. Mas o que nos leva a aconselhar, a ouvir o outro e a rezar pelo outro é a vida de oração. Eu não consigo ver uma pessoa sofrer e não sofrer junto. Uma vez conversando com um amigo psicólogo sobre isso, ele disse que devia manter uma certa distância, mas é impossível. Jesus não manteve certa distância de ninguém. Não tem como. Quando você dá a sua vida, dá a sua vida por inteiro. O segredo é a oração que leva à esperança. Quando estou vendo um jovem me contando uma coisa bem difícil, meu olhar sobre ele é de esperança. Ele vai sair. Ele tem condições. Jesus tem a resposta. Tenho que ajudá-lo a ter o encontro com Jesus que eu tive. Quando ele tiver esse mesmo encontro com Jesus, ele vai sair. Mas sou intermediária. Nesse momento, sou a voz de Deus para ele. Sou as mãos de Deus, sou os braços de Deus que abraçam, as pernas de Deus que caminham junto com ele. Esse olhar de esperança que às vezes as pessoas não têm mais. Quando elas deixam de ter esse olhar de esperança, elas caem. E ao olhar para elas com um olhar de esperança, cristã, Deus faz o resto.

OP – Eu soube que a senhora não podia engravidar e conseguiu após rezar o terço mariano. A senhora considera um milagre?

Emmir – Pela medicina da época, nós éramos considerados estéreis. Pedimos pelos quatro filhos. No começo eu pedi sozinha, porque o Sérgio (marido) estava chorando com o resultado do diagnóstico que nós tivemos. Rezei uma Ave-Maria e, no mês seguinte, eu estava grávida. E eu era católica de igreja aos domingos, não era engajada. Foi um choque muito bonito. O médico não acreditava e, na época, não tinha ultrassom. O médico disse: “Ah, você está enganada, desista, porque é uma gravidez psicológica”. Na segunda filha, já rezamos juntos. No terceiro e quarto também, já sabíamos o caminho.

OP – O papa tem falado muito entre a unidade entre os católicos e os cristãos em geral. Quais seriam as saídas para se promover a unidade entre as igrejas?

Emmir – Nós tentamos muito isso. Quando saímos em uma jornada de evangelização, a gente bate em toda porta. Vem atender uma pessoa de outra religião ou um ateu. Na França, eu tive uma experiência de evangelização de rua de conversar e tentar evangelizar e anunciar Jesus Cristo para várias pessoas. Eu vejo como caminho para a humanidade uma amizade sincera. Tive essa oportunidade quando era jovem. Conheci pessoas que tinham a marca do nazismo no braço. Como sempre fui muito amiga deles e os amei muito enquanto convivíamos, deixei uma amizade sincera, um interesse sincero. É a pessoa que me interessa, porque é ela que interessa a Jesus. Eu vejo o caminho da amizade e o caminho da oração juntos. É um pouco do que Francisco, Bento XVI e João Paulo II fizeram, rezar juntos. Chamar outros patriarcas de outras igrejas. As igrejas evangélicas sérias querem, porque é desejo de Deus e do Espírito Santo que haja um só rebanho e um só pastor. Eu creio que esse é o caminho.

OP – Deparamos recentemente com exposição em que se alegou ferir os símbolos religiosos, principalmente da fé católica, mas, por outro lado, falou-se em liberdade de expressão. Qual é o limite entre a liberdade de expressão e o respeito à religião?

Emmir – Existe uma coisa que C. S. Lewis falou que me impressiona muito: na hora em que o mundo não acreditar mais na lei natural, tudo será permitido. Eu creio que é uma linha muito tênue, mas não pode ser uma linha meramente política, humana ou social. Tem que ser uma linha de diálogo, relacional, para que não haja confrontos, porque confronto não leva a nada. Agressividade não leva a nada. Eu não conversei com as pessoas que fizeram as exposições, não conheço as motivações delas. Não posso acusá-las, porque são meus irmãos, são amados por Deus. Podem ter errado no confronto, mas não tenho como julgá-las. É um desafio, mas minha liberdade acaba onde a sua começa. O homem é livre, mas o limite de sua liberdade está no limite da liberdade do outro homem. Há de haver um diálogo, uma compreensão em nível social.

OP – O papa tem pregado muito a igreja em missão e a igreja que acolhe. Como a comunidade analisa isso, principalmente em relação aos casais em segunda união, aos divorciados, aos homossexuais?

Emmir – Nós temos a Obra Shalom. Toda pessoa que foi alcançada pela vocação, aquela que ouviu na rádio, aquela que leu um livro, aquela que viu um espetáculo ou missa, são da Obra Shalom. Evidentemente acolhemos todas as pessoas, como Jesus acolheria, de braços abertos. Nós existimos para eles, como Jesus se fez carne para eles. Para nós, porque não me considero mais ou menos pecadora que ninguém. Sou pecadora a igual a qualquer um que você diga. Sou pior, porque a cara de santa engana. Na Obra bem vasta, existem aqueles que são chamados à vocação. O diferencial é ser chamado à vocação e você querer servir à igreja, dentro da sua vocação batismal. Evidentemente a pessoa tem que ser batizada e ser católica. A vocação é o diferencial, não as outras coisas. Se você é chamado à vocação, se você é católico, se quer seguir a Jesus mais estreitamente dentro da Igreja Católica numa vocação, aí é outra coisa, é o chamado que Deus faz, não somos nós.

 

OP – A senhora acredita que a Igreja Católica tem perdido fiéis?

Emmir – As estatísticas dizem que sim. Mas não sei como elas são feitas. O que eu vejo dentro das igrejas são igrejas cheias. Pode ir à missa em qualquer dia da semana que você encontra a missa cheia de gente. Vejo uma igreja cada vez mais jovem, mais entusiasta e procurando a verdade em cada informação. Sem desmerecer as pesquisas, o que a gente vê não condiz com isso.

OP – Qual é o diferencial das missas do Shalom para atrair tanta gente, como as missas de quinta-feira, por exemplo?

Emmir – A missa de quinta-feira é para rezar pela cura das pessoas. Toda missa é de cura, libertação e salvação. Lá há um clima de afeto e testemunhos de fé. Nas missas diárias há um ambiente de fé que atrai as pessoas. Elas vão e encontram um ambiente em que não se vai para cumprir preceito, e isso contagia pessoas. Do jeito que eu, lá em 1975, olhava para aquele outro lado da igreja e via aquele jovem tão contrito (Moysés), sabia que ele era diferente dos outros. Creio que nas missas que acontecem no Shalom as pessoas nos veem rezar com autenticidade e veem que é possível rezar como eu vi o Moysés há 40 anos. As pessoas veem fé.

OP – A senhora tem 34 livros. Um dos mais famosos é o “Tecendo o fio de ouro,” inclusive fora da comunidade, que trata do autoconhecimento, da cura e do perdão. É um livro com a qual a senhora se identifica mais?

Emmir – “O fio de ouro”, eu prefiro chamar de “fio de milagre, fio de graça”. Não pretendia escrevê-lo. Mas comecei a ver que as pessoas precisavam de formação humana. Não somente a formação antropológica, mas a psicológica. Nós precisamos unir sempre a fé com o conhecimento. Ele foi escrito com a doutora Silvia Maria Lemos. Ele busca o conhecimento da pessoa dentro da psicologia e da antropologia, unindo isso à oração. Se você ler “O fio de ouro” sem rezar, está perdendo tempo. Quando “O fio de ouro” explodiu, comecei a receber várias ligações, não entendia por que as pessoas achavam tão bom. Depois entendi que o segredo é você rezar com sua história, afetividade e limites, e aceitar sua contingência humana que foi visitada por Deus.

 

OP – Há outro livro em vista?

Emmir – Vou propor ao conselho editorial escrever um livro sobre jovens. Vai haver um sínodo de jovens no Vaticano em 2018, que vai ser muito importante para a Igreja. Eu gostaria de escrever sobre os jovens da Bíblia, que são pouco conhecidos. Como eles são, como eles responderam a Deus e o que os levaram a dar essa resposta.

OP – Os seus planos de vida casam com os da comunidade?

Emmir – Nada na minha vida está fora da comunidade. Eu não tenho os meus planos. Quando a gente se consagra dentro da comunidade, a gente sabe que está entregando a nossa vontade a Deus. Deus vai lhe fazer mais livre, mostrar a vontade que está acima da sua, mas o plano pessoal desaparece.

OP – E a quem a senhora atribui ajuda em toda essa história?

Emmir – Nada se constrói só. Uma pessoa sozinha é muito infeliz. Constrói um diálogo muito restrito. Se for olhar minha trajetória, sempre tive pessoas que foram instrumentos de Deus. Estudar em colégios e numa faculdade católica foi essencial. E estudar no Rio, que é um povo que eu amo. Houve pessoas que tiveram influência grande em minha vida espiritual. Meu pai talvez tenha sido maior influência. Minha mãe me ensinou a rezar. Padre Jonas Abib (da Comunidade Canção Nova), que eu chamo de pai. Padre Caetano, que me ensinou a amar e viver com os pobres, padre Felipe, que foi meu diretor espiritual. Não posso deixar de citar o Moysés, que foi a grande influência, e meu marido, o grande suporte.

OP – A senhora tem alguma frase que usa como lema?

Emmir – Tenho várias, mas uma é especial. É uma frase de Dostoiévski (filósofo russo). Não é um santo, pelo menos não canonizado. Não vou dizer literal, mas é mais ou menos assim: “Se um dia você se vir diante da injustiça, da crítica, do julgamento, da agressividade, não hesite – escolha sempre o humilde amor” (Irmãos Karamazov). Isso acabou se tornando um lema na minha vida. Eu gostaria que alguém olhasse pro meu túmulo e dissesse: “Ela escolheu o humilde amor”. Mas acho difícil que façam isso (risos).

 

PERFIL

 

Maria Emmir Oquendo Nogueira é cofundadora, junto com Moysés Azevedo, da Comunidade Católica Shalom, que nasceu no início da década de 1980, em Fortaleza. No início, abriram uma lanchonete como forma de atrair os jovens para, então, darem início à evangelização. Estudou Psicologia e Letras. Trabalhou como professora de inglês, tendo lecionado por muitos anos no Ibeu-CE. Casada, é mãe de quatro filhos. A serviço da Igreja, Emmir prega em retiros, ministra conferências Brasil afora e no Exterior e tem 34 livros publicados.


ENTREVISTA


AQUIRAZ. A ENTREVISTA COM EMMIR FOI FEITA NA DIACONIA DO SHALOM, QUE É A SEDE DO GOVERNO GERAL DA COMUNIDADE SHALOM. A DIACONIA FICA LOCALIZADA EM AQUIRAZ.

 

CONVENÇÃO


ROMA. A CONVERSA OCORREU EM OUTUBRO, APÓS A CONVENÇÃO SHALOM, REALIZADA EM ROMA, ONDE MEMBROS DA COMUNIDADE FORAM RECEBIDOS PELO PAPA.

 

AUDIÊNCIA


PAPA. NO DIA 4 DE SETEMBRO, OS MEMBROS DA COMUNIDADE TIVERAM UMA AUDIÊNCIA PRIVADA COM O PAPA FRANCISCO EM ROMA. HOUVE TESTEMUNHOS E ORAÇÃO.

 

PERGUNTA DO LEITOR


Erivelton Melo, jornalista e membro do Projeto Mundo Novo da Comunidade Shalom


ERIVELTON - Quais as perspectivas para o futuro para o Shalom? Quais são os desafios dentro da comunidade?

Emmir - Posso te falar dos sonhos. No Shalom nós fazemos um planejamento estratégico bienal. Mas tudo isso é feito durante cinco dias. Em cinco dias nos reunimos e rezamos. Em cima do que Deus fala conosco nesses cinco dias de oração, fazemos o planejamento para dois anos. Geralmente em dezembro, no final do ano. Nós não temos planos. Se você me perguntar quando essa igreja será inaugurada, não sei. Quando a gente tiver dinheiro pra construir. Há, claro, uma perspectiva, mas não sou muito de planejar coisas. Nosso foco é a evangelização dos jovens. Isso é muita providência de Deus. Nós confiamos 150% na providência divina. Não só sobre o que nós vamos comer, o que nós vamos vestir, mas confiamos que Deus conduz a obra.

 

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