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Redações vermelhas
Opinião

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Tipo Notícia Por
Regina Villela
Jornalista e escritora
 (Foto: Regina Villela)
Foto: Regina Villela Regina Villela Jornalista e escritora

Os primórdios do jornalismo estão no Império Romano. O gigantismo do Estado obrigou o então imperador Gaius Julius Caesar, por volta de 69 a.C., a dar mais publicidade às informações referentes aos seus atos, às discussões no Senado e outras ocorrências governamentais. A Acta Diurna Populi Romani divulgava nomeações, editais, discursos, fatos militares, casamentos, nascimentos, falecimentos. Das tábuas aos pergaminhos em pele de cordeiro, as notícias do império passaram a ser divulgadas diariamente. Ao ultrapassar os muros de Roma, o diurnalis é o embrião do jornalismo como o conhecemos até os dias atuais.

Governos sempre foram a principal fonte de notícia do poder instituído. Qualquer governo precisa ter seus atos divulgados, esquadrinhados e avaliados pela opinião pública. A responsabilidade da imprensa é oferecer ao público uma apuração precisa.

Um dos princípios basilares de quem trabalha com jornalismo é o comportamento imparcial, para que a transmissão das notícias seja isenta de erros, confiável, precisa e independente.

Mas a imparcialidade não existe. Todo indivíduo pende para algum lado. Infelizmente a imprensa mundial pende para a esquerda. Um prolongamento do pensamento nocivo que domina a Intelligentsia mundial e do qual o "intelequitual" brasileiro não escapa.

Trabalhei por quase trinta anos em redações no Rio de Janeiro, São Paulo e Fortaleza, dominadas pelo pensamento único militante em torno da seita socialista, da ditadura cultural para o comporta-mento "moderninho", do politicamente correto. Convivi com jornalistas cegos pela ideologia esquerdista. Meu posicionamento dissonante, mesmo numa mesa de bar, sempre foi qualificado como reacionário, antidemocrático e fascista.

Essa conduta se reflete na cobertura de fatos políticos. A cegueira ideológica impediu a mídia de perceber a insurreição do pensamento conservador majoritário no corpo social de diversos países, como Estados Unidos, Hungria, Brasil. A imposição doutrinária do jornalismo foi derrotada nas urnas. Ainda assim, continua seguindo em direção ao fundo do poço, pois decidiu resistir denegrindo representantes espontâneos, depreciando seus discursos e ridicularizando seu comportamento natural. Aditivos extras no combustível conservador para nossa virada à direita. n

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