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Desenvolvimento para o Nordeste
Opinião

Desenvolvimento para o Nordeste

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Tipo Notícia Por
Flávio Dino
Governador do Maranhão (PCdoB)
 (Foto: Flávio Dino)
Foto: Flávio Dino Flávio Dino Governador do Maranhão (PCdoB)

Entre 1985 e 2015, o nosso País viveu, mesmo que com diferentes matizes, um período de democracia política, crescimento econômico e políticas sociais. Hoje esse extraordinário patrimônio está ameaçado. O Brasil vive uma triste combinação de estagnação econômica com falta de estabilidade política que garanta uma previsibilidade do cenário que virá. Essa conjunção de fatores leva à retração de investimentos privados, conduzindo a um quadro recessivo e de desesperança.

Para sair dessa inércia corrosiva para a economia e para o tecido social, é necessária a retomada dos investimentos. Em qualquer país do mundo, em diferentes quadras da história, foi o investimento público o indutor de novos investimentos privados. No campo político, é dever das instituições que buscam a superação da crise - e não seu acirramento - a concertação de interesses em torno de políticas anticílicas.

Por isso, os governadores do Nordeste temos feito uma permanente articulação institucional em busca de soluções práticas para a melhoria da qualidade de vida do nosso povo.

Estabelecemos o Consórcio Nordeste, que possibilita que os estados atuem de forma cooperativa em questões administrativas. As Assembleias Legislativas fortaleceram o movimento ParlaNordeste, para reforçar a luta a favor dos interesses da região. Tenho convicção de que é a atuação conjunta daqueles que acreditam no potencial do Nordeste que nos permitirá ter garantidas as condições adequadas de governabilidade.

Na semana passada, em reunião do Conselho Deliberativo da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), defendemos a execução do Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE). O plano traz um conjunto de propostas elaboradas pela equipe da Sudene, com consulta aos 9 estados. São abordados temas relativos à infraestrutura, segurança hídrica, turismo, educação, ciência e tecnologia, entre outros. Agora, nossa preocupação deve ser a obtenção dos recursos para que o plano saia do papel. Por isso, apresentamos proposta de utilização do Fundo Constitucional do Nordeste, sob coordenação da Sudene e do Consórcio Nordeste.

É possível e urgente retomar investimentos públicos para superar a crise e reparar desigualdades históricas que afligem nosso País e a nossa região. 

 

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