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Christiane Leitão 
Presidente da Comissão da Mulher Advogada e conselheira estadual da OAB - CE
 (Foto: Christiane Leitão )
Foto: Christiane Leitão Christiane Leitão Presidente da Comissão da Mulher Advogada e conselheira estadual da OAB - CE

O Dia Internacional da Mulher foi instituído pela Organização das Nações Unidas, na década de 1970, com o objetivo de lembrar as conquistas sociais, políticas e econômicas das mulheres.

No Brasil, a luta feminina se intensificou com o movimento das sufragistas, que alcançaram o direito ao voto em 1932.

A história nos remete a grandes exemplos de mulheres que lutaram pela afirmação dos seus direitos. No período colonial, a escrava Esperança Garcia, fez história ao escrever uma petição endereçada ao então governador do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, denunciando os maus-tratos que sofria. Passados 247 anos, Esperança recebeu da OAB-PI o título simbólico de primeira mulher advogada do Piauí.

A trajetória da médica Carlota Pereira de Queiroz, primeira mulher eleita deputada federal no Brasil, na década de 1930, e que voltou seu mandato à luta por mais educação para mulheres e crianças.

Podemos lembrar a luta da cearense Maria da Penha Maia Fernandes, vítima da violência machista que fez de sua tragédia pessoal uma trincheira em defesa da mulher. A Lei 11.340/ 2006, que cria mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher, carrega seu nome.

Outra personagem, também pioneira na luta pela liberação feminina é Myrthes Gomes de Barros. Primeira mulher a exercer a advocacia no País, em 1906.

Se é certo que Myrthes conseguiu romper os diques que faziam da profissão um reduto masculino - primeira mulher a exercer a advocacia no Brasil -, é igualmente certo que a luta pela afirmação da dignidade profissional da mulher advogada é desafio permanente. As violações de prerrogativas profissionais parecem atingir principalmente as advogadas. As mulheres são sempre as vítimas preferenciais.

Numa democracia as diferenças hão de ser não só respeitadas como valorizadas, em que todos e todas possam desenvolver as suas potencialidades, vivendo como lhes faz bem, na medida em que não se avance sobre o patrimônio jurídico do outro.

Ou é isso ou a barbárie. 

 

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