Um governante à beira de um ataque de nervos, foi o que o Brasil ouviu na conversa vazada entre o presidente da República e o seu, agora, ex-ministro Bebianno.
Alguém falou num programa de rádio que as crises no tempo de Fernando Henrique Cardoso chegavam grandes e saiam pequenas do Palácio da Alvorada, no mandato de Dilma Rousseff, elas chegavam pequenas e saiam maiores. Agora, elas começam grandes dentro do próprio palácio para, nas ruas, se tornarem gigantes.
O desdobramento da mentira presidencial foi, no mínimo, constrangedor para seus eleitores e apoiadores liberais com alguma formação intelectual, para os ressentidos das redes sociais, obviamente, o presidente se saiu muito bem mesmo quando mentiu ao afirmar que não havia mantido uma conversação com seu colaborador, e quando atacou setores da imprensa.
A Rede Globo, vilanizada pela esquerda, e agora também pela direita chucra, tentou se mostrar imparcial alegando que órgãos de imprensa não possuem inimigos, Samuel Wainer, Carlos Lacerda e Getúlio Vargas devem ter dado gargalhadas no purgatório.
As falas do presidente nas gravações mostraram, mais uma vez, o seu despreparo intelectual e sua inaptidão para o cargo ao qual foi eleito, nenhuma surpresa maior ou menor depois do discurso de Davos.
A fratura exposta veio nos áudios, via Whatsapp, enviados pelo ex-ministro e ex-presidente do PSL e amigo íntimo do presidente do Brasil, Bebianno: as reuniões às quartas-feiras dos generais, a índole agressiva e a capacidade de criar inimigos do filho, vereador, do presidente e o modo como o Executivo se relaciona com as grandes redes de comunicação.
Já o Congresso Nacional enviou o seu recado para o Palácio da Alvorada, a 1ª derrota acachapante do Capitão veio a galope, a reforma da previdência não sairá barata, há quem fale em dez milhões de reais por deputado em emendas parlamentares.
Agora, o que se pode perceber é que a direita voltou ao poder através de um golpe, mas os generais estão voltando ao poder através de uma eleição democrática. O parlamentarismo inglês tem uma rainha como figura decorativa. A junta militar brasileira, ao que tudo indica, terá um capitão.
Mesmo porque nunca houve um quartel em que general batesse continência para capitão. n