A Prefeitura de Fortaleza divulgou dados mostrando a redução nas mortes no trânsito no ano de 2018, quando aconteceram 256 acidentes fatais, em comparação a 2017, com 226 ocorrências, representando queda de 12%. Essa tendência é observada pelo quinto ano consecutivo, com diminuição de 40% de fatalidades no período.
Os motociclistas constituem o segmento dos que mais morrem no tráfego na Capital, correspondendo a 45,6% dos casos, seguidos pelos pedestres, com 39,8% dos que morrem nas mesmas circunstâncias. Mesmo encabeçando a lista, também houve redução de fatalidades entre os motociclistas, queda de 30,34% entre 2016 e 2018.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS) o trânsito brasileiro é o quarto mais violento no mundo, caracterizando-se como grave problema de saúde pública, pelas mortes evitáveis que causa, afora os prejuízos econômicos decorrentes dos acidentes. Porém, é de se destacar que as mortes por acidentes de trânsito também estão caindo no Brasil. Levantamento do Ministério da Saúde mostra que, entre 2010 e 2016 (últimos dados disponíveis) houve redução de 27,4% das mortes nas capitais do País. Em 2010, foram registrados 7.952 mortes, contra 5.773 em 2016, redução de 2,1 mil acidentes fatais. Entretanto, o País dificilmente alcançará a meta da Organização das Nações Unidas (ONU), prevendo redução de 50% no número de vítimas até 2020.
Em Fortaleza, a diminuição no número de acidentes com mortes resulta de parceria entre a Prefeitura de Fortaleza e a Iniciativa Bloomberg de Segurança Viária Global, que implementa diversas medidas para aumentar a segurança no trânsito. Entre as providências tomadas está o aumento de ciclovias, estreitamento da largura das faixas de sinalização horizontais nas ruas (o que faz com que o motorista fique mais atento), instalação de mais semáforos e travessias para pedestres, e a redução da velocidade em algumas vias.
Outras medidas deverão ser tomadas para a continuidade desse trabalho, que vem dando bons resultados, como um plano de gestão para vias onde ocorrem mais acidentes, implementação de parâmetros que deram certo em outros logradouros, ampliação da malha cicloviária, melhoria na infraestrutura para pedestres e a implantação de áreas de trânsito calmo.
Todas essas providências são muito bem-vindas, e seria melhor ainda se motoristas e motociclistas, principalmente, tomassem consciência de que a melhoria do tráfego e a preservação de vidas não é um trabalho exclusivo do poder público, antes, uma obrigação de todos os cidadãos. n