Perguntei "que horas?"
À senhora,
Sem horas.
Sem voltas,
Me respondeu.
Acreditei, repasssei.
Ao idoso, no posto,
ao jovem atrasado,
ao moço do relógio 'acertado'.
"Errado" corrigi,
Sem saber que errado fui eu,
E à noite não chegou
Às seis,
Porque tão cedo era
Que ainda não havia apagado-se
A vela do céu.
Quem olhou no relógio
Pode aproveitar o pôr do sol,
Sem demorar.
Quem acreditou esquentou a cabeça
No calor da tarde quente e seca.