O nosso País sofre com a tão decantada crise econômica. E nesse cenário, construção pesada está inserida. A atividade vem atravessando tempos difíceis. Para o nosso setor, as perdas podem ser irreparáveis. Empresas que atuam nesta área, no Ceará, podem encerrar suas atividades se o atual cenário persistir. Alta nos insumos, carga tributária elevada, dificuldade de negociação com os órgãos governamentais são apenas alguns dos fatores que vêm contribuindo para o impacto negativo.
O trinômio - preço justo - obra concluída - sociedade atendida, cada vez mais distancia-se da realidade atual, quando os preços aviltados ora praticados, aliados a deficiência dos projetos, ausência de recursos para desapropriação de áreas de obras, elevada burocracia para os licenciamentos ambientais, insegurança jurídica pelo não cumprimento de cláusulas contratuais, e o mais grave, o descumprimento dos cronogramas de desembolsos financeiros desaguam na paralisação ou atrasos das obras, consequentemente no desatendimento da sociedade.
Nossa atividade tem impacto preponderante na vida das pessoas pois, por ela, concretizam-se as aspirações da sociedade no sentido de verem elevados o seu bem estar e qualidade de vida, ao receberem os serviços de saneamento básico, boas rodovias, modernos e funcionais portos, aeroportos e hospitais, apenas para citar algumas atividades.
O desenvolvimento depende da existência de boas empresas, produzindo bens e serviços, gerando empregos e distribuindo renda. Facilitar a vida das empresas significa fomentar desenvolvimento. Principalmente pela característica inerente a nossa atividade de transformar, através da infraestrutura, a vida das pessoas ao mesmo tempo em que garante elevado número de empregos.
Sem o avanço das obras de infraestrutura não se elevará o PIB do nosso País. Estima-se que o crescimento potencial do PIB do Brasil é de 2,5% ao ano, a recuperação do setor com o equacionamento dos gargalos conhecidos poderia elevá-lo para 5,0% em médio prazo, faria a diferença.
Contra nós o tempo, dia após dia com a despedida de bons técnicos, formados ao longo dos anos, priva nossas empresas de um bem imensurável, o conhecimento, e joga-os na perniciosa condição de desempregados a tatear na escuridão do mercado em outra atividade. n