Nos últimos anos, entretanto, as gestões municipal e estadual vêm investindo na cidade, visando a atrair novos negócios, por meio de melhorias na mobilidade urbana e na revitalização de espaços públicos.
A chegada dos hubs tecnológico e aéreo, em 2017, deu novos ânimos à capital do Ceará.
Os sistemas VLT e BRT integrados à linha norte-sul do metrô, até 2019, deverão transformar radicalmente a qualidade de vida dos fortalezenses, possibilitando a atração de novos investimentos e um maior dinamismo na economia local.
Aliado a tudo isso, os sistemas públicos de modais não poluidores da cidade de Fortaleza - Bicicletar: bicicletas compartilhadas e integradas; Vamo: carros elétricos compartilhados e carros GNV compartilhados - são referências nacionais de sustentabilidade ambiental.
Por outro lado, preocupar-se apenas com a infraestrutura, apesar de importante, por si só não faz uma cidade ser competitiva na disputa por alocação de recursos privados. É necessário um programa que envolva governos, sociedade civil, empresas e universidades para qualificar os recursos humanos locais e atrair a "diáspora dos cabeças chatas - cearenses", que hoje trabalham nos grandes centros do mundo (por falta de oportunidades), além de milhares de pessoas que gostariam de morar em uma das mais belas cidades do Brasil.
A iniciativa de um polo de impacto social na cidade atende ao vazio existente. É alvissareira a notícia dada que está em andamento tratativas para a criação de uma plataforma de atração de negócios e investimentos, cujo objetivo é revitalizar o território e a comunidade da Praia de Iracema. Restaurando espaços públicos e privados, formando mão de obra qualificada e criando um novo branding para a cidade. A Praia de Iracema é minha, é sua, é de todos! É de Fortaleza!
Haroldo Rodrigues Júnior
Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Unifor (DPDI)