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ESTUDOS PARA ENERGIA SOLAR NO CASTANHÃO SÃO ESTIMADOS EM R$ 1,4 MILHÃO
Opinião

ESTUDOS PARA ENERGIA SOLAR NO CASTANHÃO SÃO ESTIMADOS EM R$ 1,4 MILHÃO

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Tipo Notícia

Mais um passo para o projeto que visa à instalação de placas fotovoltáicas no canal adutor do açude Castanhão, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), foi dado. O Governo do Ceará, por meio da Secretaria dos Recursos Hídricos (SRH), divulgou a classificação das empresas que participaram do edital de Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para a elaboração dos estudos, estimados em cerca de R$ 1,44 milhão, recurso que virá dos cofres do Estado.

Ao todo, quatro grupos de empresas entraram na disputa, mas apenas dois seguem no páreo, conforme prevê o edital. Na primeira colocação, com 82 pontos, ficou o grupo formado por: MPE Engenharia e Serviços S.A, BYD do Brasil, Dutra e Santos Sociedade de Advogados, Elemental Desenvolvimento Imobiliário e Concessões, WT Engenharia Eireli, Global Ace Participações e Investimentos. Na segunda posição, com 65 pontos, aparece o grupo composto por: Quanta Consultoria, Sou Energy e Loffler & Parente.

Os envelopes contendo a proposta de preço de cada grupo serão abertos em breve, durante reunião de negociação em data e hora a serem confirmadas pela SRH. O edital estima a apresentação de nove estudos: diretrizes de projeto; mapeamento de áreas viáveis para a concessão de uso; avaliação do valor das terras; diagnóstico e estudo de demanda de energia elétrica; modelagem financeira da concessão; estudos ambientais; viabilidade jurídica e regulatória; modelagem jurídica com apresentação de edital e minuta de contrato; e estudo de avaliação social.

O resultado da PMI foi divulgado pelo Governo no último dia 16 de janeiro. A partir dessa data, os grupos autorizados a elaborar os estudos têm prazo de 120 dias para apresentação dos projetos. Em seguida, será escolhida a melhor proposta, com base em diferentes critérios, a fim de que o plano seja executado por meio da concessão de uso da área para exploração econômica.

A ideia do Governo é que a energia solar gerada no Castanhão, prevista em até 45 megawatts (MW) pico de potência, — na modalidade de geração distribuída em módulos até 5 MW pico —, seja consumida pela Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos do Ceará (Cogerh) e pela Companhia de Água e Esgoto do Ceará (Cagece), cuja demanda por elétrica tem crescido consideravelmente nos últimos anos e onerado os cofres estaduais. Conforme o edital, a Cogerh contaria com até 25 MW pico, enquanto a Cagece ficaria com até 20 MW pico.

Na avaliação do Governo, a ação busca "otimizar o aproveitamento da infraestrutura de adução para geração de energia fotovoltaica e, consequentemente, fomentar a cadeia produtiva do setor, promover a sustentabilidade ambiental, bem como possibilitar o consumo de energia mais barata pelo Estado e suas entidades estatais".

O canal adutor do Castanhão tem 256 quilômetros (km) de extensão, sendo 201 km do açude Castanhão até o açude Gavião, mais 55 km até as imediações do Complexo Industrial e Portuário do Pecém (Cipp).

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