É neste contexto que surge a economia criativa.
Imaginando ser a economia criativa um produto, tal produto representaria o quinto maior volume de negócios global. Bem como, pensando fosse um país, a quarta potência econômica com um PIB de US$ 4,3 bilhões. Como resultado do progresso, avanços e tendências da sociedade, o mundo econômico vem mudando constantemente.
A economia laranja ou economia criativa, termo concebido por John Howkins, em 2011, se refere a tudo que é produzido através do conhecimento, criatividade, inspiração das pessoas e se torna um bem ou serviço. A economia laranja abrange um espectro de vertentes, tendo interfaces com: arquitetura, design, mídia, moda, música, serviços criativos e plataformas digitais. É uma economia fortemente sustentada no capital humano, capaz de gerar emprego e riqueza, além de causar um alto impacto socioeconômico e ambiental .
Idealizado em 2016, o Vamo, sistema público de carros elétricos compartilhados, é um belo exemplo de economia laranja! De um lado, incorpora um modelo público regulador inovador, alias, diga-se de passagem, a ousadia do prefeito Roberto Cláudio define muito bem o seu propósito transformador. Por outro, a sintonia fina entre as empresas parceiras demonstram a presença de criatividade e inspiração em seus DNAs, parabéns Hapvida e Serttel!
Indicadores preliminares do Vamo apontam que o uso dos veículos elétricos traz uma economia de até 73% nos custos com combustível na comparação com automóveis similares a combustão. Foram rodados em dois anos 96.137km com energia limpa ou 7.133Kg de CO2 mitigados da atmosfera.
Os dados mostram os benefícios do Vamo como um sistema inteligente de mobilidade urbana. E, já há sinais de expansão dessa iniciativa agora usando o biogás, outro paradigma não poluidor. Só lembrando, Vamo é isso e será muito mais, pois é economia laranja.
Haroldo Rodrigues Jr
haroldo@in3citi.com
Diretor de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação da Unifor (DPDI). Campo Científico e Tecnológico da Universidade de Fortaleza, o Intec Unifor.