Há uma certeza para 2019: o futebol cearense estará firme nas principais competições disputadas no País. Na Copa do Brasil, quatro representantes: o Fortaleza, já classificado para as oitavas de final (foi campeão da Série B 2018 e assim manda o regulamento, que vá direito para uma fase bem adiantada do torneio), enquanto Ceará, Atlético Cearense (ex-Uniclinic) e Ferroviário (que também está na Série C do Brasileirão) entram na disputa desde o começo. 

Juntos pela primeira vez desde 1993 (ou 2000, levando em conta o Módulo Amarelo da Copa João Havelange), Ceará e Fortaleza estarão na primeira divisão do Campeonato Brasileiro. É um momento bastante significativo.

Levando em consideração a divisão geográfica da Série A para a próxima temporada, são apenas 10 estados do Brasil representados na elite do futebol brasileiro e o Ceará é o terceiro com mais equipes, empatado com Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina, atrás apenas de Rio de Janeiro e São Paulo, com quatro clubes cada.

A presença dos maiores rivais locais têm gerado frutos. A aproximação entre as diretorias é realidade. Marcelo Paz, presidente do Fortaleza e Robinson de Castro, presidente do Ceará, conversam com frequência e perceberam passos mais largos em conjunto. Há diversos assuntos de interesse mútuo. 

Administração da Arena Castelão até que a licitação seja encerrada (provavelmente apenas no fim de 2019); patrocínios (o que deve ser anunciado em breve porque uma empresa de bebida já tem tudo acertado com ambos); mudança de regulamento do Campeonato Cearense e da Copa do Nordeste, além do fortalecimento da credibilidade do futebol local.

Fica claro: o que é bom para um é bom para o outro. Com maturidade, inteligência e evitando que pessoas contrárias a tal modelo influenciem negativamente (porque elas existem e estão dentro dos clubes nutrindo ódio pelo rival), há ótima chance do crescimento ser perene e benéfico para os dois lados.

Fernando Graziani 

fernandograziani@opovo.com.br

Jornalista do O POVO