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A rebeldia do brasileiro
Opinião

A rebeldia do brasileiro

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Tipo Notícia
Chegou, finalmente, o momento da rebeldia. Os brasileiros reagiram aos 14 anos do embuste petista, em que poucos empresários se tornaram superlativamente poderosos, políticos e governantes amanheceram milionários, as empresas estatais foram quebradas e os trabalhadores desempregados. PT, MDB, PSDB e outros foram longe demais na corrupção, além de terem destruído moralmente a Nação inteira.

 

Felizmente, a reação ocorreu pelas urnas e não pelas armas. Muitos políticos, sabidamente corruptos, não voltarão às casas legislativas. A bancada cearense na Câmara dos Deputados tem 60% de renovação. Dos 22 deputados federais, apenas nove foram reeleitos. Na democracia, a limpeza é sempre gradativa, pois, numa sociedade em que o voto é a regra, as decisões nunca são homogêneas.

 

Muitos falam na TV que o País passa por uma onda de conservadorismo. Eu diria, ao contrário, que o Brasil preferiu, desta feita, a renovação. O conservadorismo era exatamente o que estava posto. O PT incentivou os corporativismos e o peleguismo sindical, deu um caráter técnico à corrupção e aliou-se na América Latina ao que há de mais retrógrado em matéria de política. O governo comunista cubano e o desgoverno venezuelano passaram a ser para o PT o ideal político de um povo e o exemplo de governabilidade e de liberdade políticas.

 

A vitória de Bolsonaro no primeiro turno é apenas um primeiro passo para a reconstrução do País. Falta a consagração de sua vitória no segundo turno e, ainda, o anúncio das primeiras medidas que seriam adotadas no início de sua possível gestão. Os eleitores não baixarão a guarda e vão exigir o cumprimento do que foi prometido em matéria de segurança, de combate à corrupção, de redefinição da economia brasileira e de reformas de base que concorram para maior igualdade dos brasileiros, para correção de injustiças e eliminação da miséria.

 

Esses pontos que compõem o cardápio do bem estar da população não poderão ser esquecidos pelo futuro governante, nem muito menos postergados em sua agenda política. Bolsonaro tem a chance de repetir, agora, o que irá fazer pela população, enquanto o adversário deveria simplesmente pedir perdão pelo que seu padrinho e seus apoiadores fizeram contra o povo e contra o País.

 

Pedro Henrique Chaves Antero  

phantero@gmail.com 

Professor de Ciências Políticas

 

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