Salomão de Castro

Presidente da Associação Cearense de Imprensa (ACI)

Neste 14 de julho de 2018, a Associação Cearense de Imprensa (ACI) completa 93 anos de existência. Este é um momento de reflexão sobre o que a instituição representa e suas perspectivas para o futuro.

Em maio e junho passado, tivemos a oportunidade de levar ao Centro Cultural do Banco do Nordeste a exposição “Casa do Jornalista: fragmentos de uma imprensa citadina”. Nela, apresentamos objetos raros, revistas, livros e estudos acadêmicos alusivos à imprensa cearense do ponto de vista histórico. Como resposta, tivemos a presença de em torno de 2.000 pessoas neste período, coroando um processo de consolidação da ACI como espaço de dinamização da cena cultural.

A ACI terá condições de desenvolver sua dimensão histórica com muito maior eficácia se puder dispor de um Museu, projeto que permanentemente buscamos viabilizar. Também defendemos que o poder público trate com a atenção merecida o Centro da cidade, onde está nossa sede.

Somos presença ativa em debates relevantes, como em fóruns temáticos e encontros nos cursos superiores em Jornalismo, além de integrarmos júris de prêmios jornalísticos. Nestas oportunidades, participamos dos debates relativos à imprensa em nosso País de forma a qualificar as discussões.

Consideramos prioritária a adoção de medidas para combater um grande mal contemporâneo: as chamadas fake news, as falsas notícias. É forçoso reconhecer que se as fake news prosperaram tanto nos últimos anos, isso se deveu, dentre outros fatores, a decisões equivocadas das empresas de comunicação no seu modelo de negócio. E que somente com autocrítica e uma nova maneira de lidar com este modelo é que será possível readquirir a confiança e a audiência perdidas.

Para isto, há um texto que nos dá uma grande contribuição: o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. Ousamos dizer que a maior campanha de combate às fake news no Brasil consistirá na divulgação ampla e na presença do Código onde espaço houver, para que seja observado e praticado pelos profissionais no exercício das suas funções. Assim nos posicionamos quando a ACI caminha para o transcurso do seu centenário.