Gal Kury

Consultora de marketing e professora universitária

Na era da informação viver é um eterno convite ao aprendizado. A dinâmica da nossa sociedade vem sendo marcada por ciclos de mudanças profundas e velocíssimas. Novos produtos e conceitos se descortinam todos os dias a nossa frente. Tecnologias disruptivas criam mercados e demandas nunca imaginados.

Há uma pressão enorme no sentido de se buscar atualização e conhecimento, trazendo também ansiedade e a sensação de obsolescência, de estar ficando para trás. Para termos uma ideia há 100 anos existia cerca de 200 revistas científicas no mundo. Atualmente são mais de 150 mil.

Existe até um conceito – a Síndrome da Fadiga Informativa – criado pelo psicólogo David Lewis, para descrever os efeitos da sobrecarga de informações sobre uma pessoa, podendo gerar estresse, tensão, distúrbios de sono, problemas digestivos, dificuldade de memorização e irritabilidade.

Cursos presenciais, livros, seminários, congressos, artigos, vídeos, aulas online. Uma multiplicidade de canais potencializa as possibilidades de aprendizado. Recursos audiovisuais, games, entre outras metodologias vêm sendo incorporadas ao aprendizado. E às vezes ficamos até sem saber por onde começar ou a qual fonte de conhecimento recorrer.

Além disso é praticamente uma exigência profissional ter uma visão multifacetada do conhecimento através do cruzamento de saberes e habilidades específicas.

Inúmeras instituições de ensino e outros órgãos privados e públicos oferecem excelentes opções de cursos, palestras e outras atividades gratuitas. Nunca se investiu tanto em treinamento corporativo em todos os níveis – do operacional aos gestores.

Como sobreviver em meio a tudo isso? Não se trata do volume, mas da qualidade da informação. Criar filtros para as fontes de saber e traçar objetivos do que preciso e do que desejo aprender. Nas palavras de Tom Clancy: a vida é sobre aprender; quando você para de aprender, você morre. Definitivamente, precisamos reaprender a aprender.