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Para aumentar a competitividade da indústria
Opinião

Para aumentar a competitividade da indústria

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Tipo Notícia


No último trimestre, o Ceará acumulou déficit de US$ 123,4 milhões em sua balança comercial, 114,6% acima de 2017. Analisar o desempenho pelo viés isolado da balança comercial é um equívoco. A importação não é sinônimo de concorrência. As importações desempenham papel relevante no cotidiano das empresas. Por meio das importações, indústrias alcançam os mercados mais dinâmicos do mundo, obtendo os melhores recursos para elevar a competitividade dos seus negócios.


No mundo global, importar pode ser a alternativa para um negócio de sucesso. O regime aduaneiro de drawback, instituído em 1966, consiste na suspensão ou eliminação de tributos sobre insumos importados para utilização em produto exportado. O mecanismo funciona como incentivo, pois reduz os custos de produção de produtos exportáveis. A importância do benefício é tanta que na média dos últimos quatro anos, correspondeu a 29% de todo benefício fiscal concedido pelo Governo Federal.
 

O mercado internacional oferta alta tecnologia e considerando as limitações tecnológicas do nosso País/Estado, é inteligente importar equipamentos. Adquirir tecnologias no exterior, permite, portanto, prestar serviços e produtos com competitividade superior. Além disso, os mercados internacionais oferecem insumos com preços atrativos. Com a inserção da empresa no mercado global, é possível alcançar fornecedores altamente disponíveis e com grande diferencial tecnológico.
 

Outra vantagem da importação é fazer a empresa se destacar no mercado. Com equipamentos de última geração, produtos de alta qualidade e preços competitivos, a empresa agrega uma imagem de dinamismo e de competência. Em tempos de economia conturbada e consumo desacelerado,  reduzir custos é mais do que nunca a palavra de ordem para as indústrias.


Um importante papel assumido pela Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec), através do Centro Internacional de Negócios, é trabalhar para o aumento da competitividade internacional das indústrias locais e dessa forma, permitir que a micro e/ou pequena empresa do mercado doméstico tenha condições de competir com empresas internacionais. Esse é o grande desafio.

 

Karina Frota
akfrota@sfiec.org.br
Gerente do Centro
Internacional de Negócios da Fiec

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