A América Latina possui um mercado ativo de investimentos de impacto e seu crescimento tem sido notável, passando de US$ 160 milhões em 2008 para mais de US$ 3,5 bilhões em 2016.

A capitalização dos negócios de impacto promissores é muitas vezes sinônimo de financiamento de capital inicial por meio de capital de risco privado. O financiamento de capital em estágio inicial tem demonstrado grande potencial para beneficiar a economia regional gerando impacto direto no território e no aumento da qualidade de vida das pessoas.  

Lembro que negócios de impacto, como bem conceitua a organização B-Lab/Sistema B, são empreendimentos dinâmicos, de alto crescimento e que usam a inovação tecnológica e social como o motor de progresso e sustentabilidade.  

No entanto, no Brasil, o capital de risco financia apenas um número relativamente pequeno de negócios de impacto em seu estágio inicial.  

Há uma falha reconhecida no mercado em investimentos de negócios nos estágios iniciais de desenvolvimento, comumente chamado de “déficit de financiamento”.  

Normalmente, essa lacuna é vista apenas como um problema de oferta de capital, mas, de fato, é um problema de oferta e demanda. Esta lacuna pode ser muito bem coberta por investimentos de capital empreendedor, ou por investidoras de impacto, ou até diretamente por investidores anjos.  

Se, por um lado, os empreendedores precisam de treinamento sobre como transformar suas ideias em projetos que atraiam capital, por outro lado, uma grande parte dos investidores anjo são empresários que gerenciaram com sucesso empresas familiares, mas que não estão tão familiarizados com o processo inovador.  

No estado do Ceará, há ambiente promissor. Há uma geração de novos empresários sensíveis em redefinir o sucesso empresarial investindo em negócios de impacto. Há gente boa, qualificada e empreendedora buscando grande transformações. Atentem e acompanhem dois negócios: Muda Meu Mundo e BackPacker.

Haroldo Rodrigues haroldo@in3citi.com Sócio-fundador da Investidora de Impacto in3citi