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Mísia Rocha: "E neste Natal, é lembrancinha ou presentão?"
Opinião

Mísia Rocha: "E neste Natal, é lembrancinha ou presentão?"

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Ano passado, depois de 14 confraternizações de Natal entre amigos, família, clientes, colegas de trabalho, cursos e faculdade, acumulei cinco pares de brincos, dois perfumes, um conjunto de copos, caneta, enfeites e mais um tanto de lembrancinhas.

 

2015 já foi um ano crítico e em 2016 vivemos o auge dessa crise econômica e política no Brasil. Nem lembro quantas fases da Operação Lava Jato, quantas gravações, audiências, condenações, conduções coercitivas, prisões... E a reclamação era geral. As empresas estavam em declínio, os clientes tinham ido embora, grande número de desempregados (o maior dos últimos tempos!), grandes profissionais empreendendo por pura necessidade, muitos cancelamentos de negociações e novas aquisições. A economia seguia em crise e o consumidor, como o investidor, tinha medo.


E o que nos reserva o Natal de 2017? Os dados econômicos recentes apontam melhora com o crescimento do PIB, perspectiva do IGPM encerrar o ano negativo, aumento de contratações temporárias, recuo do índice de incerteza da economia medido pela Fundação Getúlio Vargas e a recuperação das vendas no comércio, sendo considerado já o melhor Natal em quatro anos. Ao que tudo indica, a reação começou.


Então será lembrancinha ou presentão? Acredito que o consumo aqueça nestas festas de fim de ano. Claro que ainda mantemos os desempregados (impressionantes 12 milhões de pessoas), mas os que se reinventaram em pequenos empreendedores, as grandes redes, o comércio de produtos da época e (por que não?) as lojas de lembrancinhas e também de presentes mais caros têm expectativa elevada do consumo até 2018.


O Natal é um momento único de confraternização e partilha, e mais importante que presente é presença. E me parece que na crise aprendemos essa lição muito bem.

 

Mísia Rocha
misiarocha@gomesdematos.com.br

Consultora da Gomes de Matos Consultores Associados

 

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