Logo O POVO+
Editorial. O risco do Aedes aegypti: Fortaleza não pode descuidar
Opinião

Editorial. O risco do Aedes aegypti: Fortaleza não pode descuidar

Fortaleza está entre as capitais em situação satisfatória quanto ao risco para doenças causadas pelo mosquito
Edição Impressa
Tipo Notícia Por

Recente levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde mostrou que há 1.496 cidades brasileiras em alerta ou em risco para doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika e chikungunya. O número representa 38% do total de cidades que realizaram a avaliação, chamada de Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes aegypti (LIRAa).


Área de alerta é aquela em que o índice de infestação do mosquito varia entre 1% e 3,9% dos domicílios visitados. Os municípios classificados como de risco são os que têm, pelo menos, 4% de índice de infestação. Os que têm índice menor que 1% são considerados em situação satisfatória. Nove capitais estão nesse estado – Fortaleza, Teresina, João Pessoa, Goiânia, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Curitiba, Palmas e Macapá.


E estão em alerta as capitais Maceió, Manaus, Salvador, Vitória, Recife, Natal, Porto Velho, Aracaju e São Luís. Segundo o Governo Federal, Belém, Boa Vista, Porto Alegre, Florianópolis, Campo Grande, Cuiabá, Brasília e Rio Branco não informaram os dados. Também não há informações sobre São Paulo.


Proporciona sensação de alívio saber que a capital cearense está em situação satisfatória – por ora – quanto ao risco de transmissão das doenças pelo mosquito. Mas esse sentimento não deve provocar acomodação nem despreocupação por parte dos diversos agentes que convivem com o problema da saúde – dos setores governamentais à população. Estamos às vésperas do início do tempo de chuvas, em que as poças de água se acumulam e o cuidado precisa ser multiplicado com os possíveis locais de atração para o Aedes aegypti.


De acordo com o Ministério da Saúde, o armazenamento de água em barris foi o principal tipo de criadouro encontrado nas regiões Nordeste e Centro-Oeste. Uma ação simples poderia evitar a incidência de doenças que se alastraram nos últimos anos e causaram tantas vítimas. População e autoridades sanitárias não podem descuidar da prevenção, por mais que se saiba que a problemática é muito maior e não se resolve tão somente com campanhas pontuais. Saneamento básico, condições dignas de urbanização e ações de contenção permanentes se mostram muito efetivas no combate aos males provocados por um pequeno, mas cruel, mosquito.



O que você achou desse conteúdo?