Em 2014, o levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM) anotou que, dos novos negócios surgidos no País – aqueles com menos de três anos e meio de atividade –, 51,2% tinham mulheres à frente. A pesquisa Women in business 2017, da Grant Thornton, informa que 16% das empresas brasileiras possuem mulheres no comando, o dobro da média mundial.
Desconsidere-se este crescimento apenas como ingresso da mulher no mercado de trabalho com o objetivo de complementar a renda familiar. É mais do que isso. Representa uma mudança sociocultural de grandes proporções em curso, que envolve transformações nas expectativas de vida profissional e nas relações familiares. Isso porque, em cada dez, quatro lares brasileiros são chefiados por mulheres. Dessas, 41% são donas de negócios próprios. Há 12 anos, este número era de 27%.
Relatório do McKinsey
Global Institute afirma que o PIB mundial aumentaria 26% caso os índices de participação das mulheres na economia se igualassem aos dos homens.
Jovens e mais escolarizadas dos que os homens marcam o perfil das empresárias: 40% estão com menos de 34 anos; como empreendedoras no comando estão concentradas nos segmentos do comércio (38%) e serviço (36%).
Tais informações indicam que a womenomics, economia das mulheres, tende à expansão econômica e à revolução cultural que a igualdade de gênero provocará na sociedade. A rapidez e a intensidade disso requerem mais mulheres empreendedoras, o setor tecnológico possui potencial para tanto; avanço na escolarização e diversidade de gênero corporativa; mulheres na política tornando mais diversos os processos de tomada de decisões.
Joaquim Cartaxo
cartaxojoaquim@bol.com.brArquiteto urbanista e superintendente do Sebrae CE