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Artur Bruno: "Emissão de gases: Ceará no rumo certo"
Opinião

Artur Bruno: "Emissão de gases: Ceará no rumo certo"

As estratégias adotadas pelo governo Camilo Santana são corretas, com resultados em menos de dois anos
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O Brasil ratificou o Acordo de Paris e, em 21 de setembro de 2016, entregou à ONU metas oficiais: redução em 33% em termos de emissões de gases efeito de estufa em 2025 e de 43% em termos de intensidade de emissões em 2030, ambas em relação a 2005. Porém as emissões subiram 8,9% no ano passado – impulsionadas pelo desmatamento, com foco na Amazônia –, e chegaram ao seu maior nível desde 2008, mesmo com a crise econômica, que, geralmente, reduz os índices.

 

A 5ª edição do Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg), do Observatório Clima, mostrou que o País é o 7º maior poluidor do planeta, lançando 2,278 bilhões de toneladas brutas de gás carbônico, contra 2,091 bilhões em 2015. Segundo o levantamento, o “Brasil é a única grande economia do mundo a aumentar a poluição sem gerar riqueza para sua sociedade”.


Houve recuo de 7,3% no setor energético, com o crescimento das renováveis, com aumento de 55% no uso de eólicas, em especial no Nordeste. O Ceará é hoje o 3º estado do País em capacidade instalada para geração de energia eólica, com 61 parques funcionando e 19 em construção, além do incentivo à energia solar, o que deve reduzir o uso de termoelétricas com o passar dos anos.


O Estado vem apresentando decréscimo na emissão de gases. Em comparação com 2015, o volume caiu 5,3%. Nos cinco itens analisados, somente Mudança de uso da terra e floresta manteve-se constante. Todos os demais, Energia, Agropecuária, Produção Industrial e Resíduos apresentaram queda. As estratégias adotadas pelo governo Camilo Santana são corretas, com resultados em menos de dois anos.


Em 2016, foi aprovada a Política Estadual, com licitação em andamento para contratação de consultoria para coordenar o Plano Estadual de Mudanças Climáticas. O Programa de Florestamento e Reflorestamento deve plantar 71 mil mudas, sendo 41 mil no Cocó, 30 mil no Pacoti, além dos Cílios do Jaguaribe, para recompor matas do entorno daquele manancial, em Iguatu. Foi também enviado à Assembleia projeto de lei de prevenção e combate a incêndios.


Há avanços na gestão de Resíduos Sólidos, incentivo à economia de produtos reciclados e investimento na preservação da Unidades de Conservação – com destaque para a regulamentação do Parque do Cocó. São passos decisivos para consolidarmos uma ambiência sustentável num estado que sofre com a desertificação e a escassez de água.

 

Artur Bruno

arturbruno@arturbruno.com.br

Secretário do Meio Ambiente do Ceará

 

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