Os acidentes de trânsito são o primeiro responsável por mortes na faixa de 15 a 29 anos de idade; o segundo, na faixa de 5 a 14 anos. O que representa um custo de US$ 518 bilhões por ano (1% e 3% do PIB) de cada país.
Se continuar assim, a OMS estima que 1,9 milhão de pessoas devem morrer no trânsito em 2020 (passando para a quinta maior causa de mortalidade) e 2,4 milhões em 2030.
Diante disso, o que os governos vêm fazendo para evitar esse massacre? Durante os meus 36 anos de professor, 30 dos quais como educador de trânsito, não vejo educação para o trânsito nas escolas fundamentais e médio ser tema relevante. Durante a Semana Nacional do Trânsito, quantas escolas estudam o tema com seus alunos? Os professores são formados? Apenas campanhas não surtem efeito. Precisa chegar aos livros didáticos e paradidáticos. Constatei apenas nos livros de 2º e 3º anos (ensino fundamental I de uma escola pública) o estudo de algumas noções. Urge preparar, da criança ao adulto, para a cidadania, incluindo o trânsito já que a família não o faz. Os pais são os primeiros a serem maus exemplos no trânsito.
Como darem se não receberam educação?
As autoridades acham melhor gastarem com lombadas, faixas elevadas, fotossensores. Um trânsito educado não precisa de “mata-burros”. Ou se preparam as futuras gerações para viverem no trânsito ou mais gente morrerá como se caíssem uns 165 aviões por ano no Brasil.
Gerardo Carvalho (Professor Pardal)
pardal58dopiaui@gmail.comProfessor; educador de Trânsito